Senador Angelo Coronel reafirma busca pela reeleição em 2026 e levanta nova possibilidade: ‘posso até sair solo’, diz

angelo-coronel-1

O senador Angelo Coronel (PSD) confirmou candidatura à reeleição em 2026, durante entrevista ao Programa Bom Dia Feira, rádio Princesa FM, na manhã desta sexta-feira (25). Coronel destacou ainda que, se for preciso, poderá buscar novos caminhos políticos para garantir que esteja na disputa.

‘Eu sou candidato a reeleição ao Senado, estou falando aqui que Ângelo Coronel que vos fala é candidato a eleição, quem sabe posso até sair em carreira solo, já que a eleição de senador é desgarrada, é uma eleição que não depende da candidatura de governo, mas uma coisa eu garanto, só deixarei de disputar a reeleição, se Deus não me der vida e saúde’, afirma.

A possibilidade de ‘carreira solo’ levantada pelo senador está relacionada a divisão dos nomes que vão compor a chapa majoritária para as próximas eleições gerais. Com um cenário ainda indefinido, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) confirmou que busca a reeleição na Bahia, assim como o senador Jaques Wagner (PT). A novidade é que o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, também manifestou interesse em pleitear uma cadeira no Senado. Na disputa, incluindo o cargo de vice-governador, o grupo governista terá quatro vagas para, ao menos, cinco postulantes.

‘As pessoas dizem que Ângelo Coronel tem hora que é ríspido, tem hora que quer impor, eu não quero impor nada e não sou ríspido. Eu defendo o espaço do nosso partido. Se hoje são quatro vagas na chapa majoritária, tem senador que vai disputar a reeleição, Ângelo Coronel e Jacques Wagner. Rui Costa também tem vontade de disputar o senado. Mas acho que a Bahia sabe e analisa que é muito difícil de, entre quatro vagas, um partido ter três vagas. Então, como está se desenhando, o PT quer ficar com a candidatura de governador, a reeleição de Jerônimo, ainda quer a eleição de Wagner, ainda quer a eleição nova de Rui. Ou seja, sobra o quê? A vice. A vice é do MDB, é um direito constituído, é do MDB. Então, o PSD, que é o maior partido da Bahia, vai ficar de fora? Eu acho que o PT vai ter que decidir quem será o candidato deles, se será Rui ou Wagner, eu defendo a reeleição porque é um direito constitucional, se a gente ficar excluído, significa que não querem aliança com o PSD. Além disso, quem elege senador, governador e presidente da república são os prefeitos, eles que tem a liderança com o povo, na cidade grande é diferente porque é voto de opinião, mas nas 400 cidades da Bahia, já foi demonstrado que é o prefeito local que conduz o voto para votar no governador e senador. É nessa parte que eu conto muito e nós temos o espaço, ao nosso ver, garantido’, pontua Coronel.

Na Bahia, PSD e PT mantém aliança política há muito tempo. Os laços, porém, de acordo com o senador, não serão eternos, sobretudo se os espaços de cada sigla não forem respeitados.

‘Se o espaço do PSD não for respeitado, essa aliança pode ser fragilizada, pode ser rompida, porque no time que não joga, não tem torcida, e nós não podemos admitir que o PSD, como o maior partido do estado da Bahia, não tenha uma posição de destaque numa chapa majoritária no ano de 2026, que inclusive a gente arbitre qual é o nosso espaço, porque o espaço é de governador, vice-governador e duas vagas de senador. Eu espero que o partido do governador respeite o espaço do PSD e, caso não venha a respeitar, significa que eles não querem continuar a aliança com a gente. Aí cada um toma o seu rumo de acordo as suas devidas conveniências’, destaca.

Nas eleições municipais deste ano, o PSD foi o partido com o maior número de prefeitos eleitos no 1º turno do pleito, desbancando o MDB, que liderou ao longo dos últimos 20 anos. O total de municípios conquistados pela sigla apresentou uma alta de 228, equivalente a 35%, se comparada com as eleições municipais de 2020, e quase o dobro da primeira eleição do partido, em 2012. O crescimento, para o senador, está relacionado ao viés de unidade defendido pela sigla.

‘O nosso partido, pela segunda vez, é o maior partido da Bahia. Nas eleições de 2020, elegemos 105 prefeitos. Na eleição deste ano, fechamos com 115 prefeitos, além dos filiados ao PSD, temos 58 prefeitos que se elegeram por outra sigla, mas já estão de mala arrumada para ingressar no PSD em 2025. O crescimento do partido é muito fácil de ser explicado porque a gente trata todos os prefeitos e lideranças com grande amizade, como se fosse uma irmandade, não temos distanciamento. O partido é o maior do Brasil, com 15 senadores, o PSD é o maior partido do Brasil em número de prefeituras, chegando a 872 prefeituras no país. Então, é o maior partido que é o fiel da balança de qualquer eleição que venha a acontecer no Brasil e também no estado da Bahia’, explica.

Assista a entrevista na íntegra:

Bárbara Barreto