O INSS montou uma força-tarefa para atender centenas de milhares de beneficiários do BPC que ainda não atualizaram os dados cadastrais.
O benefício é pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. O governo federal disse que os bloqueios começaram no dia 25 de outubro para quem não tem CadÚnico. E, em breve, vai atingir quem não atualiza os dados há mais de quatro anos. A revisão do cadastro é obrigatória por lei a cada dois anos e também é um mecanismo para evitar fraudes.
Quem foi impactado deve ligar gratuitamente para o telefone 135 ou ir até uma agência do INSS. O benefício será liberado em até três dias. Mas, depois disso, a pessoa vai ter um prazo para procurar um Centro de Referência e Assistência Social – o CRAS do município onde mora – para se inscrever no CadÚnico ou atualizar os dados. O prazo é de 45 dias nos municípios com menos de 50 mil habitantes, ou 90 dias nas cidades maiores. Caso contrário, o benefício será cancelado de forma definitiva.
O presidente do INSS diz que o instituto reforçou o atendimento em 251 agências.
“Um reforço maior no Nordeste, que é onde mais tem procura, onde também tem mais número de BPC proporcionalmente. Não é uma corrida para cortar benefício, mas a gente tem que ser mais eficiente, tem que pagar para quem tem direito. Quando você paga para quem não tem direito, é ineficiente e acaba faltando dinheiro. Isso a gente não pode deixar acontecer”, afirma Alessandro Stefanutto, presidente do INSS.
Mais de 300 mil pessoas precisam se inscrever no CadÚnico para continuar recebendo o benefício, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social; e 517 mil têm que atualizar os dados. O governo federal diz que desde agosto tem enviado mensagens por celular ou telefonado para os beneficiários para informar sobre essa revisão de cadastro e que o bloqueio foi uma medida para convocar quem ainda não se apresentou a encaminhar a documentação.
Informações JN