Com a saúde do Papa Francisco inspirando cuidados e a perspectiva de um futuro conclave se aproximando, os olhares dos especialistas em Vaticano — os chamados vaticanistas — se voltam para o perfil daquele que poderá sucedê-lo. E o consenso entre esses analistas é claro: o próximo Papa deverá ser, acima de tudo, um diplomata.
Em um mundo marcado por conflitos armados e tensões geopolíticas crescentes, como a guerra entre Rússia e Ucrânia e a persistente crise entre Israel e Palestina, cresce a necessidade de um pontífice que tenha trânsito político internacional, capacidade de diálogo e habilidade para atuar como mediador entre nações em beligerância.
O Papa Francisco já desempenhou um papel significativo como líder pacifista, mas, segundo os vaticanistas, o próximo líder da Igreja Católica precisará ir além: “Será necessário um Papa da paz, como foi Francisco, mas muito mais diplomático ainda”, afirma um analista.
Essa demanda por um perfil mais articulado em política internacional afasta, ao menos por ora, a possibilidade de um novo Papa latino-americano. Segundo os especialistas, não há, entre os cardeais latino-americanos, um nome que reúna as qualidades diplomáticas esperadas para o cargo neste momento delicado da história mundial.
Enquanto isso, cresce a expectativa pelo próximo conclave. Como sempre, as especulações são muitas, mas, como dizem os próprios vaticanistas, “só Deus saberá dizer qual será o perfil do novo Papa”.
