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OS PALPITEIROS ALOPRADOS

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Costumo sempre zapear pela internet pelas redes sociais e encontro o de sempre. Um bando de gente emitindo opinião sobre tudo. São o que um amigo professor chama de tudólogos. Sabem de tudo e opinam sobre tudo. Muitos, pelo português das mensagens, nunca leram sequer uma mísera página de um livro. Mas emitem opiniões como se fossem profundos conhecedores.

Alguns dos posts rio aos montes. São aqueles que por terem, digamos assim, lido dois livros na vida, acham que suas colocações são edulcoradas com profundidade de um acadêmico ganhador do Nobel. Outros por sua vez, apenas mostram o seu lado reacionário divulgando fake news, teorias da conspiração e platitudes de toda a sorte. Enfim, uma gente burra.

Que a internet no Brasil é uma terra de ninguém, todos sabemos. Não temos ainda uma lei que regule aquilo que é postado nas redes. Inclusive na semana passada o STF começou a julgar o artigo 19 da Lei do Marco Civil da Internet se é inconstitucional ou não. Pelo andar da carruagem, vai ser declarada inconstitucional. Sobre isso, falo em outra oportunidade.

Voltando às sandices ditas na internet; uma recorrente é falar mal do STF. As coisas ditas contra a corte máxima do Brasil são de uma velhacaria e burrice que chegam a ser ridículas.

Geralmente divido em dois grupos os palpiteiros sobre o STF. Um grupo daqueles que não são do meio jurídico, portanto, emitem opiniões sobre o tribunal geralmente oriundas de outras pessoas que também nada sabem sobre como funciona o STF. Esses deformantes, porque informantes não são, dizem barbaridades as pencas e muitas delas oriundas da imprensa. O segundo grupo são dos que têm conhecimento jurídico, até por serem advogados ou juízes, ainda sim dizem um monte de bobagens, mas com outra finalidade, qual seja, desacreditar o tribunal.

O primeiro grupo, maior e dominante nas redes sociais, adora propalar mentiras e opiniões sem nenhum respaldo jurídico e dogmático sobre o STF. Desancam os ministros e suas decisões sem nunca ter lido uma só decisão do tribunal. Por não concordarem com as posições da corte em razão de suas convicções pessoais e de seus valores, costumam emitir juízo de valor sobre esta ou aquela decisão jurídica. O interessante é quando pescam uma frase dita por um ministro e começam a elucubrar as mais disparatadas conclusões sem nenhum amparo e fundamento.

Outro dia li uma frase patética em uma rede social que dizia assim: “O STF é uma espécie de farol ao contrário: Sempre que decide aumenta a escuridão”. É uma frase tão idiota que nem errada é. E tem gente que compartilha. Não preciso elencar as inúmeras vezes que o STF evitou que o país caísse em desgraça. Recentemente, se não fosse uma decisão do Ministro Flávio Dino, o orçamento da União iria para o buraco. Ele conteve a sanha das emendas Pix, que nada mais é do que os parlamentares mandarem dinheiro para os redutos dos políticos sem prestar conta. Mas essa gente burra, não entende nada disso. Prefere tripudiar a corte.

Não precisa de conhecimento jurídico para reconhecer as inúmeras vezes que o STF agiu de forma contundente para preservação dos valores da república. O interessante é que essa gente quando tripudia o tribunal não procura observar como funciona o tribunal ou lê as decisões saídas de lá. O que vale é divulgar o desconhecimento e a burrice. Fazer o quê?

O outro grupo é dos que têm formação jurídica e também não perde a oportunidade de falar mal da corte. E digo sem medo de errar, estes também nem se dão ao trabalho de ler os votos dos ministros, mas estão sempre a postos para falar mal do STF. E exemplos eu vivencio diariamente na minha atividade de advogado e professor de Direito.

Esse grupo acho até muito pior que o primeiro. Afinal eles têm, acho, conhecimento jurídico. Mas os valores ideológicos se sobrepõem à racionalidade jurídica tão necessária para entender a dinâmica do STF. No entanto, tristemente os profissionais que vivenciam a vida jurídica diariamente emitem opiniões mais esdrúxulas contra a corte máxima do Brasil.

Não sou inocente a ponto de achar que o STF faz tudo certo e não erra. Sim, erra e sempre aponto os erros. Mas as divergências são de cunho técnico-jurídico, nunca de caráter ideológico. Ou porque este ou aquele ministro não me agrada porque ele decide contra meus princípios ideológicos. Não! Nunca deixe-me levar por voluntarismo rasteiro para detratar o STF. Mas, infelizmente o que vemos é um massacre diário contra os ministros e suas atuações. E digo sem medo: Todas essas diatribes expostas nas redes sociais são energúmenas e sem nenhum fundamento. É a expressão da mais pura burrice.

Mas para o bem de todos, o STF continua forte e essencial para a manutenção da democracia. Quanto aqueles que adoram tripudiar sem fundamento, resta o esquecimento. Eles não representam o nada.

Argemiro Nascimento
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