Professores realizam nova paralisação nesta quarta-feira

Hoje é o dia estadual de luta pela valorização dos profissionais da educação. Ao Bom Dia Feira, a presidente da APLB Feira, professora Marlede Oliveira, destacou que, em função da data, todos os municípios baianos estarão com as atividades paralisadas.

Foto: Divulgação

Em estado de greve desde o último dia 27 de fevereiro, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia, APLB Feira, realiza nova paralisação nesta quarta-feira (13), dia estadual de luta pela valorização dos profissionais da educação.

Ao Bom Dia Feira, a presidente da APLB Feira, professora Marlede Oliveira, destacou que, em função da data, todos os municípios baianos estarão com as atividades paralisadas. 

‘A gente vai reivindicar o que é lei, que é o piso nacional profissional do magistério, que os prefeitos não cumprem. Por exemplo, em Feira de Santana, o prefeito Colbert Martins só cumpriu o piso em 2019. Daí para cá nunca mais cumpriu o piso. No ano passado, o piso era de 14.95, foi zero. Até agora ele não acenou. Em 2022 era de 33.23, ele apenas deu 5%. Então, nós chamamos lei que garante piso. Agora no Brasil é assim, você briga para fazer a lei, depois tem que brigar para poder fazer com que a lei seja aplicada. Assim, a gente está indo, em caravana, todos os municípios da Bahia, vão estar hoje em um grande ato de atividade em Salvador, no centro administrativo, com os tribunais de conta dos municípios, denunciar, enviar um documento, cada município levará seu documento da prefeitura que não paga piso, governo que não paga piso da Bahia. Como é que o prefeito quer que o povo pague imposto e ele não cumpre com as leis que são para melhorar a educação. Também vamos ter um grande ato de manifestação na Secretaria de Educação do Estado, porque hoje é março, o governo ainda não acenou o pagamento do piso, o ano passado pagou para 14.95 aos ativos, mas os aposentados não tiveram', afirma.

De acordo com a categoria, o piso pago aos professores de Feira de Santana está abaixo do nacional, que atualmente é de R$ 4.800. 

'Prefeito precisa cumprir piso e, se não cumpre, punir, porque o prefeito faz o que quer nesse Brasil e ninguém pune, mas a categoria quando ameaça uma paralisação, é corte de salário, sendo que nós não temos outro instrumento, a não ser a luta. E na luta, se não resolve, vai ter que paralisar as atividades. A gente já está paralisada hoje, iriamos ter uma audiência com a secretária Anaci para discutir a pauta, que não se discute desde o ano passado, mas ela disse que será amanhã ou sexta, eu espero que ela resolva, estamos aqui aberto à negociação, aberto a sentar na mesa pra negociar. Mas se não tiver negociação, vai pra paralisação da categoria, porque a categoria tá aí, massacrada', relata Marlede. 

Na tarde desta quarta, a APLB realiza Assembleia para avaliar se mantém ou não o estado de greve da categoria. 

'Passa um ano todo, porque as pessoas perguntam assim, por que fazer movimento só no início das aulas? Porque passa um ano todo, nas férias, pedindo audiência, em janeiro pedindo audiência, pedindo pra sentar pra negociar, e não resolve. E aí agora começa a aula, o professor tá insatisfeito, a categoria tá doente, o Colbert conseguiu adoecer a nossa categoria, cortou o salário, tem professor depressivo, tem professor que não conseguiu ajeitar suas finanças, desde 2020, a categoria tá doente, os professores estão com sua saúde abalada, pelo seu financeiro, pela falta de respeito do governo, é preciso atender a nossa pauta e valorizar a nossa categoria', diz a presidente. 

Com informações do repórter Joaquim Neto 


SECOM - MAIS BAHIA 0424

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