É DINHEIRO DEMAIS NA NOSSA CONTA

Foto: Divulgação

O Tribunal Superior Eleitoral começou a depositar essa semana o dinheiro do fundo eleitoral nas contas indicadas pelos partidos para financiar as campanhas eleitorais, que começaram oficialmente na última terça-feira. O valor é tão grande que fica extremamente difícil encarar com naturalidade: são R$ 4,9 bilhões destinados aos partidos para a realização dos atos de campanha de toda natureza. São quase 5 bilhões do nosso dinheiro sendo utilizado para pedir o nosso voto em práticas que, muitas vezes, nos incomoda, como carreatas que causam congestionamentos no trânsito, carros de som que atrapalham o nosso sossego, cartazes e “santinhos” que causam poluição visual e sujam as ruas, entre outras coisas que, em sua maioria, não nos servem em nada.

Quando paramos para pensar nesse valor exorbitante gasto para tantas coisas inúteis, que servem apenas de ferramentas na “luta pelo poder”, e vemos a situação dos hospitais, das rodovias, a violência, a extrema pobreza, entre outras mazelas do nosso país, fica impossível não se fazer sempre a mesma pergunta: Quanto esse dinheiro poderia fazer pela sociedade, se tivesse outros fins, que não pedir o nosso voto?

Pior é lembrar que Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) surgiu de uma decisão do STF de dar fim ao financiamento empresarial de campanhas. Precisava-se, a partir dessa decisão, encontrar uma outra forma de bancar a corrida pela eleição. Surgiu então a lei 13.487, de 6 outubro de 2017, e passamos a pagar essa conta. E alguém acredita que o envolvimento de empresas nas campanhas e nos mandatos de uma fatia significativa dos políticos acabou?

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