Brasil chega aos 100 milhões de vacinados com primeira dose

Já o número de pessoas que completou o esquema vacinal, com duas doses, ainda é baixo: 41.012.243 ou 19,37% da população.

Foto: Divulgação

O Brasil chegou nesta sexta-feira (30) aos 100 milhões de vacinados contra a Covid-19, aponta o consórcio de veículos de imprensa. Esse número é referente aos imunizados com a primeira dose (sem contar os brasileiros vacinados com a Janssen, vacina de dose única).

São exatamente 100.082.100 pessoas imunizadas, conforme dados das secretarias estaduais de Saúde. Isso equivale a 47,26% da população.

Já o número de pessoas que completou o esquema vacinal, com duas doses, ainda é baixo: 41.012.243 ou 19,37% da população.

Isso acontece porque, das quatro vacinas em uso no país, três usam duas doses, em intervalos diferentes. A CoronaVac está sendo aplicada em um intervalo de quatro semanas. Já Pfizer e AstraZeneca usam um esquema de 12 semanas (3 meses).

"O grande número de doses aplicadas ocorreu em abril, maio e junho, e usamos muito as vacinas da AstraZeneca e da Pfizer. Então, a segunda dose ficou agora para agosto, setembro. Esperamos nos próximos meses a finalização de muitos esquemas de vacinação. Devemos ver esse número [da segunda dose] subir nesses dois meses", explica o infectologista da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri.

Nesta semana, o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), órgão dos Estados Unidos responsável pelo combate às pandemias, voltou atrás e recomendou que pessoas que receberam vacina contra o coronavírus voltem a usar máscaras quando estiverem em ambientes fechados, de acordo com a circunstância.

A preocupação é com a variante delta, que é mais contagiosa, e tem infectado aqueles que já receberam duas doses de vacina, de acordo com relatórios de saúde.

Delta é mais transmissível, mas estudos não apontam elo com casos mais severos

"O que norteia as medidas de prevenção não é a população vacinada, mas a taxa de transmissão. O vírus ainda está circulando muito no Brasil. Registramos muitos casos. Vacinado ou não, você precisa barrar a transmissão do vírus. Não podemos continuar com 40 mil, 50 mil casos todos os dias. A falha vacina é de 5% e nesse universo são dois mil casos. Crianças morrem pouco, mas num total de 50 mil acaba sendo muita criança por dia", diz Kfouri.

Segundo o Ministério da Saúde, até o dia 29 de julho, foram identificados e notificados 247 casos da variante delta no Brasil. São 51 no Distrito Federal, quatro em Goiás, sete no Maranhão (sendo seis identificados no navio que esteve no estado e um caso de viajante), quatro em Minas Gerais, 29 no Paraná, três em Pernambuco, 99 no Rio de Janeiro, 14 no Rio Grande do Sul (sendo um caso considerado importado do RJ), sete em Santa Catarina, 25 em São Paulo e quatro no Ceará. Até o momento, entre esses casos, 21 óbitos foram confirmados para a variante: Maranhão (1), Paraná (12), Rio de Janeiro (4) Distrito Federal (4).

E as vacinas? Um estudo publicado no dia 21 de julho reforçou a importância de receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19. A pesquisa, assinada por pesquisadores do sistema de saúde do Reino Unido, da Universidade de Oxford e do Imperial College London, aponta que a eficácia da primeira dose das vacinas da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca é de 30,7% contra a variante delta — com uma variação de 25,2% a 35,7%.

Ao completar o ciclo das duas doses, de acordo com a pesquisa, as taxas dos dois imunizantes duplicam e, em alguns casos, quase triplicam contra a delta. No caso da AstraZeneca, a eficácia chega a 67%, com resultados entre 61,3% a 71,8%. No caso da Pfizer/BioNTech, o mesmo índice chega a 88%, com variação entre 85,3% a 90,1%.

Informações G1

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