Robinson Almeida critica voto impresso: 'Sou a favor da maior transparência possível nas eleições’

Em entrevista ao Bom Dia Feira, na manhã desta terça-feira (27), o deputado estadual criticou o presidente sobre o fundo eleitoral.

Foto: Lais Sousa/Bom Dia Feira

A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) aprovou, em sessão extraordinária remota, na última quarta-feira (21), uma adequação na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), para o exercício de 2021, que flexibiliza algumas exigências legais para que os municípios recebam transferências voluntárias de recursos durante a pandemia.

Em entrevista ao Bom Dia Feira, na manhã desta terça-feira (27), o deputado estadual Robinson Almeida destacou que a alteração é facilitadora para todos os municípios baianos em meio a esta crise pandêmica.

‘Há um critério na vida pública que para se receber recursos de convênios e realizar ações com o Governo Federal e Governo do Estado, o Município tem que estar adimplente, tem que ser as certidões negativas, e diante da pandemia, todos os que tiverem a declaração de estado de calamidade aprovado pela ALBA, vão poder receber recursos na área de saúde e educação, de forma excepcional, mesmo com a dívida’, afirma.

Na ocasião, o deputado opinou ainda sobre a discussão em torno do voto impresso no Brasil e diz ser ‘sempre a favor da maior transparência possível nas eleições’, sendo assim contra à medida.

‘O Brasil já teve um tempo do voto no bico de pena e depois o voto impresso que era fonte permanente de corrupção, semanas, até meses de apuração, controle do voto do eleitor pelos chamados coronéis, e isso tudo ficou no passado quando o país desenvolveu a tecnologia do voto eletrônico, então, estranhamente, o presidente que ganhou varias eleições como deputado no voto eletrônico, que ganhou a eleição presidencial dessa forma, inventa uma tese que quer de volta o voto impresso, então eu sou contra, acho que não há justificativa técnica, caso concreto com provas de que o sistema é falho, isso é mais uma tentativa de contestar o resultado das eleições que as pesquisam mostram desfavorável ao presidente’, relata.

Além disso, Robinson criticou o presidente, que após dizer que vetaria os R$ 5,7 bilhões destinados a campanhas políticas por meio do fundo eleitoral, afirmou que pretende apenar derrubar apenas o que considera um “excesso” no montante e indicou apoio a um valor menor, de R$ 4 bilhões, dobro do fundo eleitoral das eleições de 2020.

‘Não é justo, eu acho um tapa na cara do povo brasileiro, nesse momento que a gente vive uma pandemia e todos os recursos têm que estar dirigidos para enfrentar uma crise sanitária. O presidente fez jogo de cena, disse que ia vetar, agora não vai vetar mais, combinou com o Centrão e vai manter, mas com um aumento de 100%, o que é um absurdo’, opina.

Assista a entrevista na íntegra:



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