A força-tarefa criada pela Procuradoria Geral da República
em Curitiba nos idos de 2014, conhecida como Operação Lava Jato, representou
importante avanço em reprimir focos de corrupção existentes na administração
pública federal.
Contribuiu para que a Justiça punisse crimes de colarinho
branco, encarcerasse políticos e apaniguados e conseguisse recuperar elevada
soma de recursos para o erário, além de popularizar o instituto da colaboração
premiada.
Foram benefícios incontestes para o país.
A corrupção é universal; viceja em todos os países (193) representados
na ONU; uns mais, outros menos. Ela é da natureza humana como consequência da
ambição ou do interesse que alimentam os avanços da civilização.
A nossa vem do Brasil-colônia; corroeu o império, a velha e
a nova República e agigantou-se na contemporânea, tendo passado incólume pelos
períodos de ditadura.
A Operação Lava Jato, de Curitiba, entretanto, deixou
profundas sequelas em nossa economia; arrebentou nossas multinacionais da
construção civil e abalou nossa multinacional do petróleo que traziam divisas
para o país; causou milhares de desempregados, em conluio com os interesses
antinacionais; foi useira e vezeira em afrontar nosso sistema jurídico agindo
contra os direitos e garantias dos acusados e violando o devido processo legal;
extrapolou os poderes do Ministério Público ao deixar empresários presos até
que eles prestassem depoimentos que favorecessem seus interesses (casos de Leo
Pinheiro e Antônio Palocci); julgou ser grupo independente da Procuradoria
Geral da República e da União (quando destas era apenas uma longa manus);
tentou criar uma fundação para gerir recursos recuperados dos condenados e até negou
informações dos investigados ao órgão
superior, quando havia necessidade de respaldar condenações da primeira
instância nos tribunais superiores.
E pasmem! O grupo de Curitiba locupletou-se de quase oito
milhões do erário no pagamento de supostas diárias e passagens a alguns de seus
próprios membros, no curto período de vida daquela força-tarefa. O procurador
Carlos Fernando que, na imprensa, tem criticado o fim da Lava-Jato levou quase
setecentos mil; seu colega Carlos Welter embolsou mais de novecentos mil reais,
independentemente dos salários de quase quarenta mil que recebiam. Outros procuradores
que agora estão chiando não foram santos, pois receberam centenas de milhares
de reais, somente com aquelas verbas extras, inclusive o conhecido Paludo...
Ante tantos fatos, além do conluio de procuradores com o
Juiz para favorecer um partido político e prejudicar outro, ainda existem
certos escribas que condenam o atual PGR por ter obstruído o enorme dreno salarial
de alguns privilegiados e melhorado o combate à improbidade, ao incorporar a
Lava Jato ao GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado),
o qual demonstrou ser mais eficiente, mais econômico, mais republicano e
legalista que aquelas forças tarefas transitórias existentes em Curitiba, Rio de
Janeiro e São Paulo e que enriqueceram alguns de seus procuradores.
Hoje, até a grande imprensa, que trava um renhido combate
com o presidente Bolsonaro e que busca, neste afã, atingir o PGR, reconhece que
a incorporação daquela força-tarefa com o Gaeco do Paraná foi medida oportuna,
legítima e mais econômica, evitando personalismos, melhorando o combate a
corrupção e garantindo o império da Lei e da Justiça.
Esta semana, o respeitabilíssimo Instituto de Garantias
Penas (IGP) repudiou, através de nota, as recentes alegações de que a
reestruturação das forças tarefas da Operação Lava Jato seria um incentivo à
impunidade e o fim do combate à corrupção.
Segundo a entidade, “tais alegações constituem um discurso
vazio e demagógico, que não corresponde à realidade e que serve apenas para
incitar manifestações de ódio e fakenews”.
Que leigos e
alguns doutos considerem o maior órgão jurídico penal do país e não se deixem
emprenhar pelos olhos ou pelos ouvidos com opiniões desqualificadas ou faccisas
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