Caso se confirme, a aposta do analista coloca a Apple em compasso de espera na adoção do novo padrão de redes, uma vez que vários concorrentes já têm aparelhos, ou ao menos planos, de lançar no mercado versões com 5G de seus top de linha.

O relativo atraso da Apple na adoção do 5G em seus produtos pode ser entendido pela dificuldade que a maçã encontrou em se acertar com fornecedores. Originalmente, o plano da Apple envolvia usar tecnologia da Intel para acessar redes de quinta geração, mas a ideia acabou se tornando inviável pelas dificuldades da Intel em desenvolver o modem, componente que é responsável pela comunicação com esses tipos de redes.

Por conta disso, a Apple firmou um acordo com a Qualcomm, que interrompeu a longa batalha jurídica entre as duas corporações mundo à fora. Com o tratado de paz, Apple e Qualcomm podem firmar uma parceria que permite à Apple usar modems Snapdragon X55 em seus produtos.

Kuo também observa que a Apple deverá ser capaz de superar a dependência desconfortável da Qualcomm no futuro. Rumores recentes afirmam que a Apple já desenvolve internamente modens de telefonia que, nas contas do analista, podem se tornar maduros o suficiente para lançamentos de iPhones em 2022.

Além do 5G, espera-se também para 2020 que a Apple seja a primeira a usar tecnologia de 5 nanômetros em processos de manufatura de seus processadores para iPhone. O avanço daria margem para ganhos de performance da ordem de 15% para os futuros processadores que a marca desenvolve para iPhones e iPads.