Médico fala sobre prevenção e tratamento à hanseníase para desmistificar preconceito

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Considerada a enfermidade mais antiga da humanidade, a hanseníase tem cura, mas, ainda hoje, representa um problema de saúde pública no Brasil. O janeiro roxo é o mês voltado para difundir informações e desfazer o preconceito, a respeito da doença. 

O dermatologia responsável pelo tratamento da hanseníase no Centro de Saúde Especializada (CSE), Dr. Claudio Nogueira, ressalta a importância do diagnóstico e tratamento. A hanseníase é uma doença contagiosa - não tão violenta quanto a catapora, tuberculose ou sarampo -, mas que acaba ocasionando problemas sociais, considera o médico. 

Dr. Cláudio aponta que, na maioria das vezes, as pessoas que são portadoras de hanseníase não dão a devida importância a lesão inicial, uma mancha branca ou vermelha que leva anos e vai crescendo. "Quando chega a nós já está em estado precário ou tardio e, esse tipo de tratamento normalmente tem dificuldade de curar. Quanto mais cedo for tratado, mais os resultado é positivo", ressalta.

A hanseníase acontece em 4 tipos, mas os sintomas comuns são manchas dormentes na pele ou, no nível mais grave, caroços. "Quando a pessoa tiver manchas, tocar e sentir que elas estão dormentes, devem procurar um dermatologista porque pode ser a fase inicial de hanseníase", orienta. O médico indica hábitos higiênicos, boa alimentação e evitar contágio com pessoas acometidas pela doença. 

O dermatologista aponta que a incidência da doença não tem relação com sexo, mas com o estado emocional e nutricional das pessoas, além da assepsia, a higiene. "A vida promíscua pode levar a isso. É uma doença que vem desde a época de Jesus, ela deixa manchas, deforma a pessoa no estado tardio", pontuou. 

Em Feira de Santana 92 casos foram notificados durante 2018, número maior que 2017, quando foram registrados 84 casos. Já em relação a faixa etária com maior número de notificações entre homens e mulheres está entre 50 a 64 anos. Dr Cláudio diz que no CSE recebem pacientes indicados por outros médicos, verificam, fazem exames através de biópsia e então enquadra o caso em tratamento que dura em média de 6 a 12 meses, a depender da gravidade.

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