O procurador-geral do MP-BA (Ministério Público da Bahia), Pedro Maia, afirmou que o órgão lamenta a “perda de vidas” e a situação de “pânico” diante da operação policial com 12 suspeitos mortos no bairro de Fazenda Coutos, no subúrbio de Salvador. A fala de Maia foi feita em uma reunião na tarde de quarta-feira (6), com representantes das forças de segurança pública e do governo do Estado. O MP instaurou procedimento para acompanhar as investigações do caso.
“O Ministério Público lamenta profundamente o ocorrido, pela perda de vidas e pela situação de pânico de que a comunidade foi vítima. Estamos em interlocução direta com as autoridades policiais e forças de segurança, acompanhando todos os passos da investigação, com o Gaeco e o Geosp, no levantamento das informações, principalmente das perícias, para que todas as circunstâncias sejam apuradas com a devida transparência. Esse é o propósito e objetivo comum de todos os órgãos de Estado envolvidos no esclarecimento dos fatos”, disse Maia.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, afirmou que é dever das instituições de Estado assegurarem máxima transparência nas suas ações, em especial, quando há mortes envolvida.
“O governo do Estado colaborará para que o Ministério Público, órgão responsável pelo controle externo da atividade policial, tenha pleno acesso aos dados da ocorrência de Fazenda Coutos e que o Poder Judiciário e os órgãos de correição da própria Polícia Militar possam se manifestam tecnicamente sobre o processo”, disse ele no encontro.