O Ministério da Saúde incorporou o Transplante de intestino Delgado (TID) e o Transplante Multivisceral (TMV) ao Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão, publicada no Diário oficial da União (DOU), seguiu parecer favorável emitido pela Comissão Nacional de incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). As áreas técnicas têm 180 dias para efetivar a oferta na rede pública.
A falência intestinal é a incapacidade do órgão de manter a digestão e a absorção de nutrientes necessários para a nutrição do indivíduo. Hoje, o tratamento primário envolve nutrição parenteral, administrada via intravenosa e disponível no SUS. No entanto, especialistas da Conitec explicam que o uso prolongado “pode piorar a qualidade de vida e gerar complicações capazes de inviabilizar a continuidade do tratamento”. Nesses casos, os transplantes são a única opção terapêutica.
O transplante multivisceral, que compreende o transplante em bloco de estômago, pâncreas, duodeno, intestino delgado e fígado, é realizado nos casos em que outros órgãos foram acometidos ou de tumores em órgãos da cavidade abdominal. Os estudos analisados pela Conitec apontaram que os transplantes elevaram a sobrevida dos pacientes em relação às técnicas disponíveis hoje para os casos mais avançados.