O senador Otto Alencar está com uma proposta do Congresso Nacional, do Senado Federal sobretudo, para estender os mandatos de prefeitos e, consequentemente, dos demais cargos do Legislativo por mais dois anos. No ano que vem é de eleição, mas se houver essa distensão, teremos mais dois anos e aí teríamos o mandato de seis anos para os prefeitos, o último mandato dos senadores de quatro anos iriam para seis, como é o caso do próprio Otto, e teríamos a unificação das eleições municipais com as federais, juntamente com os deputados estaduais, federais, presidente da República e vice-presidente da República. É uma coisa que a gente já tem advogado há muito tempo. A ideia do Otto é excelente, eleição única para todos os poderes, legislativo e executivo. Mas, de certo modo, beneficia também o próprio senador, que tem eleição no ano que vem, e, com a aprovação, ele não poderia concorrer, ele já estaria com o mandato garantido por mais dois anos. Além disso, Angelo Coronel também teria essa vantagem, falando dos baianos, né. Obviamente que uma ideia dessa agrada a muita gente e agrada a ele sobretudo. Mas o Otto já está praticamente no final de uma carreira política bem sucedida, a idade está chegando, ele certamente busca uma aposentadoria pelo alto, para ser o grande conselheiro da política baiana, como foi no passado Antônio Carlos Magalhães. Eu acho a ideia brilhante a dele, mas sabendo que ele faz um projeto de lei que também beneficia diretamente a ele, fala-se que ele deseja emplacar o filho no Tribunal de Contas dos Municípios ou do Estado da Bahia, consequentemente a família terminaria a sua carreira política eleitoral lá por cima, o Senador lá em cima e com o carimbo de que ele mudou a face das eleições do Brasil. Achei ideia maravilhosa, mas com certeza a Alencar também pensou um pouquinho na vida dele. Com isso, Zé Ronaldo, por exemplo, poderia encerrar a sua carreira política com seis anos de mandato como prefeito de Feira do Santana, algo também que seria algo inimaginável para um cidadão da política atual, já que seriam 20 anos completados de mandato de prefeito de Zé Ronaldo, sairia também como o grande prefeito do interior da Bahia, talvez como um grande conselheiro futuro para políticos que vão iniciar ou estão em meio da carreira política. Enfim, Zé Ronaldo sairia como um grande estadista porque ele teria seis anos para transformar Feira do Santana. Eu acho boa ideia. E aí teríamos, portanto, Feira de Santana ganhando com isso, com um prefeito com seis anos, descansadamente, com a cabeça fria, para trabalhar e fazer o que for melhor para a cidade e o que ele desejar de melhor como estadista.
