Nesta quarta-feira, dia 11 de setembro, docentes das Universidades Estaduais Baianas paralisarão as suas atividades em todo território baiano com um ato unificado em Salvador. A concentração da manifestação será no Campus I da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, no Cabula, a partir das 6h30.
Aprovada nas assembleias das universidades, a paralisação é parte da luta da categoria por um plano de recomposição salarial, uma das pautas que está em discussão com o governo do estado. A negociação sobre o reajuste já se encontra no quarto ciclo de discussão e, durante a paralisação, a partir das 15h, ocorrerá uma nova reunião do Fórum das Associações Docentes (FAD) com o governo na Secretaria de Educação (SEC). Já está também previsto no calendário de mobilização do movimento docente a realização de assembleias no dia 16 de setembro para a discussão sobre deflagração de greve.
Desde o mês de abril, as Associações Docentes tentam negociar com o governo um plano de recomposição salarial. O governo só cedeu à mesa de negociação após a decisão das assembleias docentes pelo indicativo de greve, aprovado em junho. A proposta de reajuste salarial do movimento docente é de três reajustes de 5,5%, nos meses de janeiro/2025, janeiro/2026 e dezembro/2026, respectivamente, totalizando 17,42% em dois anos (2025 e 2026), com respeito à data-base em janeiro.
A proposição dos professores é fruto das discussões em assembleias e considera as previsões de inflação para 2024 e 2025 do Boletim Focus, correspondendo a um ganho real, acima de inflação, de 4,1% ao ano, com respeito a data-base de janeiro. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), docentes das universidades estaduais acumulam uma perda salarial de 35% desde 2015.