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DENTRO DAS QUATROS LINHAS DO GOLPE E PRÓXIMO DAS QUATRO PAREDES COM GRADE

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O assunto que tomou conta da última semana, – e olha que não faltou assunto -, foi o indiciamento promovido pela Polícia Federal de 37 figuras, no mínimo pitorescas, com um plano golpista e tentativa de sequestro e morte do presidente da república, seu vice e um ministro do STF.

Pelo que foi divulgado na imprensa, o inquérito da Polícia Federal tem indícios mais que suficientes para se transformar em processo e seus indiciados virarem réus e a cadeia seria o passo seguinte.

Entre os envolvidos está aquela criatura decrépita do Bolsonaro. Segundo o inquérito aponta, o distinto não só sabia de todos os atos como também comandou toda aquela pantomima de golpear as eleições presidenciais. Os instintos golpistas do ex-presidente da república já se manifestavam desde seu primeiro ano de mandato. Basta lembrar o discurso que fez na porta do quartel general em Brasília no mês de maio de 2019. Ali já estava de forma clara e insofismável a ideia de subverter a ordem institucional com um golpe de estado.

Durante seu desastroso governo, são inúmeras as situações que eram claras as insinuações golpistas. Em julho de 2022 naquela reunião fatídica com seus ministros de estado, a pauta foi justamente tentar impedir o processo eleitoral e assim garantir a tomada de poder. O vídeo está aí para quem quiser ver. Os diálogos são de uma clareza solar. Ali se arquitetava a possibilidade de golpe de estado. As falas do general Heleno e de Bolsonaro são auto-explicativas, afirmando que algo deve ser feito antes das eleições presidenciais, pois depois ficaria mais difícil. Se aquilo não é planejamento de golpe, então é o quê?

Uma vez divulgada parte do conteúdo do inquérito da Polícia Federal, vieram a reboque os argumentos rasteiros de desqualificação do trabalho da polícia. Neste sentido podemos dividir essa gente em duas classes: uma dos fanáticos da extrema direita que apontam que nada aconteceu, portanto não deve haver condenações, afinal seu chefete na presidência da república nada sabia, a culpa se tiverem, será sempre dos outros, nunca de seu golpista. A outra classe é a dos palpiteiros, uma gente que nem sabe diferenciar pessoa física de jurídica, inclui nessa lista os “juristas” de algibeira.

Os palpiteiros começam a divulgar que não existem provas contra os envolvidos. Para disseminar as suas mentiras, trazem nas suas falas a expressão “narrativa” como substituto para a palavra mentira. Aliás, esta é uma das técnicas utilizadas pela extrema direita. Eles dão significados diferentes às palavras para disseminar sua ideologia. Pois bem, depois de desqualificar o inquérito, passam a espalhar que o Ministro Alexandre de Moraes não pode conduzir o processo porque tem interesse, afinal ele era um dos alvos dos golpistas.

Como essa gente não é chegado a estudo, o argumento de que o ministro Moraes é suspeito ou impedido é desconhecer os artigos 252 a 256 do Código de Processo Penal. O fato de ser o ministro relator da causa e ser alvo do sequestro ou tentativa de morte não lhe tira a possibilidade de qualificá-lo de impedido ou suspeito. Mas os “jursitas” de algibeira dirão que não é ético ele atuar no processo. Se fosse assim, bastava os investigados inventarem uma situação que poderia impedir todos os ministros do supremo atuarem no caso, além do que o conceito de ética dessa gente é tão profundo como uma poça de água no asfalto.

Deixando de lado os extremistas e os palpiteiros, o certo é que a chance de conhecer a Papuda pelo lado de dentro está muito próxima à de Bolsonaro. As evidências são bastantes conclusivas de que se arquitetava um golpe saído das entranhas do Palácio do Planalto. O jornal “O Globo” na edição de domingo traz o enredo dos dias que se seguiram à eleição e como se deu a tentativa de golpe. Vale a pena ler.

O relato do jornal é elucidativo e impactante. Foi tentado de todas as formas a possibilidade de impedir a posse do presidente Lula. Só não foi adiante porque o comando do exército não topou.

Não precisa ser muito inteligente para observar as falas do General Braga, de Bolsonaro nas poucas vezes que se dirigiram ao público. Entre elas está “Vocês não percam a fé, tá bom? É só o que eu posso falar agora.” fala do Braga. “Foi difícil ficar dois meses calado, buscando alternativa”, disse Bolsonaro numa live antes de fugir para os EUA. Enquanto nos porões do poder foi feito minutas, dado nome às operações golpistas, reuniões para definir como agir, estabelecer os custos financeiros da empreitada golpista, estabelecer a logística de como atuar. Enfim, um roteiro sórdido e criminosos perpetrados por altas autoridades sem escrúpulo.

Mas uma coisa é certa: essa gente tem pouquíssimas chances de escapar da cadeia. Podem espernear à vontade, mas o destino deles já está traçado.

Por fim, o colunista Jamil Chade divulgou na sua coluna do UOL de domingo que existe um plano de Bolsonaro de se alojar em uma embaixada amiga para tentar escapar da prisão. O problema é encontrar um país que esteja disposto a aceitar um golpista, sem afetar as relações diplomáticas. Esperar para ver.

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