O dia 30 de abril reserva um acontecimento importante. Esta é a data em que é dado o pontapé inicial para a 2ª divisão do Baianão 2025. Mas, antes disso, o Fluminense de Feira, bicampeão baiano em 1963 e 1969, vice-campeão da Série C de 1997 e que não disputa a Série A do Baianão desde 2021, deu a largada para se preparar para a competição. E, para entender como o Touro do Sertão anunciou contratações como Kieza, ex-centroavante de Bahia e Vitória, e Rogério, ponta ex-Vitória e com passagens por Botafogo e São Paulo, é preciso voltar para 2022.
Naquele ano, era confirmada a segunda Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no estado. Depois do City Football Group adquirir o Bahia, chegou a vez do Touro do Interior acenar para o futuro. O Fluminense de Feira se tornou um clube empresa.
Com um investimento mínimo de R$ 60 milhões, 90% do projeto do Fluminense foi comprado pela Core3, empresa feirense do ramo de tecnologia e telecomunicações. Em conversa com o Bahia Notícias, Filemon Neto, presidente da SAF, explicou o papel deste modelo de investimento e organização na reestruturação do Tricolor de Feira.
“Enquanto SAF, a gente toma conta de todo o departamento de futebol do clube. Então assim, assumimos o Fluminense como um todo. Temos total influência no processo de gestão de futebol. A Core3 fez a aquisição de 90% do clube e naquele momento foi a segunda SAF aprovada do estado da Bahia”, disse Filemon.
A gestão da SAF do Fluminense está à frente de todo processo de investimento no futebol, mas a empresa também busca revitalizar outras áreas estruturais no entorno do foco principal em todas suas divisões, ou seja, não é um projeto apenas sobre o futebol profissional. O plano está visando escalar entre as forças do futebol baiano, visualizando as categorias de base e enxergando o futuro.
Um exemplo disso é a implementação da divisão de base do Touro, que vai participar do Baianão Sub-20 em 2025. Em conjunto, a categoria de base ganhou uma nova estrutura de trabalho, que conta com dois novos campos de futebol, além de uma reestruturação no alojamento, academia, departamento médico e fisioterapia.
“Estamos dando continuidade no trabalho da SAF e foi implementada a nossa divisão de base, que vai disputar o Campeonato Baiano Sub-20, e por isso também que fizemos uma reformulação no centro de treinamento. O CT do Fluminense estava bem ‘caidinho’, mas a gente pegou e fez toda uma reestruturação, construímos dois campos de futebol, refizemos toda a estrutura do novo alojamento, de academia, departamento médico e fisioterapia. Tudo isso está sendo feito para a nova estrutura do clube, a SAF do Fluminense pretende transformar a equipe em um time moderno”, detalhou.
A equipe feirense faz parte do Grupo 2 do Campeonato Baiano Sub-20. Com o Touro, mais sete times estão na chave: Atlântico, Estrela de Março, Feirense, Jacobina, Leônico, Ypiranga e Vitória, o adversário do Fluminense na estreia da competição.
SÉRIE B, KIEZA E TERCEIRA FORÇA DA BAHIA
Filemon Neto se posiciona como presidente da SAF do clube que se coloca como a terceira força do estado da Bahia. De acordo com ele, essa é a forma que o Fluminense de Feira deve se apresentar, pois é o terceiro maior representante do futebol estadual e busca voltar à elite do certame estadual. Além de ser o primeiro time do interior baiano a ser campeão do Baianão, o Touro do Sertão foi vice-campeão da Copa do Nordeste de 2003 em final perdida para o Vitória.
“O nosso posicionamento é o seguinte: o Fluminense é um time grande. O Fluminense quer se colocar como a terceira força do futebol baiano, porque ele assim é. O Fluminense é a terceira força, é a terceira torcida, é o representante da maior cidade do interior e a gente não pode se permitir se colocar de uma forma diferente no futebol”, afirmou o mandatário.
Informações Bahia Notícias