Ação convida a rede de Pontos e Pontões de Cultura a celebrar, no mês de julho, os 20 anos da Política Nacional Cultura Viva
Com representantes de Pontos e Pontões de Cultura de norte a
sul do Brasil, a ministra Margareth Menezes lançou, nesta segunda-feira (3), em
Brasília, a campanha Julho Cultura Viva Pelo Brasil, que celebra o aniversário
de 20 anos da Política Nacional Cultura Viva (PNCV), considerada uma das
principais iniciativas de reconhecimento, valorização e fomento das ações
realizadas pelos coletivos e entidades culturais espalhados pelo país. Também
convidou a sociedade civil, o parlamento e os gestores culturais dos entes
federados a comporem o calendário nacional de celebração, compartilhando com o
MinC as atividades programadas para julho - mês que concentra as datas de
constituição e institucionalização da PNCV. O lançamento da campanha ocorreu
durante o 1º Seminário de Pontões de Cultura - Política de Base Comunitária
Reconstruindo o Brasil, evento que reuniu os 42 Pontões selecionados no edital
lançado pelo MinC para fortalecer a rede Cultura Viva.
“Há 20 anos nascia a Política Nacional Cultura Viva, a maior
política cultural de base comunitária que surgiu de um encontro de Pontões de
Cultura, no governo do presidente Lula. Nosso presidente não falha em
demonstrar seu apreço e sua compreensão em relação à força da nossa cultura
popular. É na cultura que reside a alma do povo brasileiro”, lembrou Margareth.
A ministra ressaltou, ainda, a potência da PNCV em fortalecer a cultura nos
territórios e a pluralidade das expressões culturais do povo brasileiro, além
de contribuir para a garantia dos direitos culturais da população. “É uma
política que vem, na prática, há exatos 20 anos, direcionando e inspirando a
todos nós, que entendemos o valor e a dimensão que a cultura ocupa na
construção da sociedade brasileira. Ela nos leva a essa celebração tão
simbólica e importante”, completou.
A campanha Julho Cultura Viva Pelo Brasil é o marco das
celebrações dos 20 anos que vão se estender até julho de 2025, quando está
prevista a realização da 6ª Teia Nacional - maior encontro de todos os atores
envolvidos na implementação da PNCV nos territórios. Durante este período, o
MinC programou uma série de ações organizadas em quatro eixos: memória (lembrar
o caminho percorrido), reflexão (debater as conquistas e desafios dessa
política), futuro (o que se espera para os próximos 20 anos) e celebração
(eventos festivos), como explicou secretária de Cidadania e Diversidade
Cultural, Márcia Rollemberg, ao apresentar as ações e a identidade visual da
campanha.
“Esse é o momento de olhar a memória desses 20 anos; de
reflexão sobre o que temos para melhorar; de celebrar porque a Cultura Viva
celebra, antes de tudo, um fazer cultural; e a Cultura Viva como uma política
de esperança, que fala e olha os ponteiros de cultura como importantes,
potentes e a maior rede de educação popular do Brasil”, detalhou.
Ao participar do lançamento, o secretário executivo adjunto
do MinC, Cassius Rosa, lembrou que a Cultura Viva passa hoje por um momento
importante, com a regulamentação do Sistema Nacional de Cultura (SNC) e a
disponibilização anual de cerca de R$ 400 milhões da Política Nacional Aldir
Blanc (PNAB) para fomentar a Cultura Viva nos municípios, nos estados e no
Distrito Federal.
“Pela primeira vez, temos a garantia de recursos para os
Pontos de Cultura, uma vitória conquistada por toda a sociedade. Isso permitirá
que os pontos consigam ter a previsibilidade de acesso aos recursos e que vão
permitir que a gente consolide a Política Cultura Viva como essa política de
ponta e de território que é tão importante nesse momento que o país está
vivendo, de consolidação da democracia, de consolidação das políticas de
direitos humanos e da consolidação da cultura como um direito social inalienável.
Os Pontos de Cultura têm papel estratégico na defesa da política cultural para
que ninguém nunca mais ouse acabar com o Ministério da Cultura e com as
políticas culturais, que são importantes não apenas no aspecto simbólico e de
consolidação das nossas identidades, mas também como um grande vetor de
desenvolvimento nas regiões”, afirmou.
Identidade visual da campanha Cultura Viva 20 anos
Para receber as contribuições dos grupos e entidades
culturais espalhados pelo país, será disponibilizado na sexta-feira (7/6) um
formulário de inscrições das atividades que serão realizadas em julho. O
período de cadastramento das agendas seguirá até 30 de junho. Em relação ao
tipo de atividade, a campanha traz o mote Celebre os 20 anos da Cultura Viva
com o que você faz, propondo que os grupos e entidades culturais façam
celebrações dentro da sua realidade de atuação. Como sugestões podem ser feitas
oficinas, espetáculos, seminários, mutirões, intervenções, aulas, rodas de
conversa e de leitura e exposições, por exemplo.
“Vamos celebrar em cada território, comunidade, Ponto de
Cultura, estado, município para que a gente possa marcar na base comunitária os
20 anos da PNCV. Essa campanha foi feita em conjunto com a Comissão Nacional
dos Pontos de Cultura e ela só vai acontecer se a rede dos Pontos de Cultura
protagonizar e construir esse processo”, convidou o diretor da Cultura Viva,
João Pontes.
O sistema MinC também foi representado pelo presidente da
Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues dos Santos; a presidenta do
Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Fernanda Castro; e as secretárias do
Audiovisual (SAV), Joelma Gonzaga; e dos Comitês de Cultura (SCC), Roberta
Martins, entre outros servidores.
Em nome da Comissão Nacional de Pontos de Cultura (CNPdC),
Dilma Negreiros, fez a leitura de uma carta redigida pelo colegiado. O
documento destacou: “É preciso propagar, viralizar o conceito de Cultura Viva
para que a gestão pública, em todas as suas esferas, reconheça em cada Ponto e
Pontão de Cultura a ferramenta de garantia de acesso ao direito à cultura, que
movimenta milhões e transforma a sociedade, liberta o pensamento e protagoniza
o invisível e o indizível. Na pluralidade do Cultura Viva, os fazedores de
cultura viva precisam se reconhecer e transformar esse programa numa ferramenta
de verdade de gestão compartilhada, para implementar não só a Lei Paulo Gustavo
e a Política Aldir Blanc, mas o próprio Sistema Nacional de Cultura. Somos
protagonistas dessa história e acreditamos na força da cultura dessa nação”,
destacou Dilma, na leitura da carta elaborada pela sociedade civil.
Os Pontões de Cultura foram representados por Aline Cantia,
do Pontão Livro Leitura e Literatura (região sudeste); Alice Monteiro, do
Pontão Paraíba (região nordeste); Catarina Melo dos Prazeres, do Pontão de
gênero, diversidade e direitos humanos (região centro-oeste); José Maria dos
Reis, Pontão do Pará (região norte); e Suzana Belford, do Pontão Culturas
Indígenas e Mãe Terra (região Sul).
Por: Ministério da Cultura (MinC)
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