Drive-in de tudo e muita novidade estranha

Foto: Danutta Rodrigues

Dentro dessa realidade imposta pela pandemia, estamos passando por readaptações que nunca imaginamos antes. Parece coisa de filme de ficção científica.

Além de toda a mudança na relação entre as pessoas, com a necessidade de distanciamento social, sem beijo, abraço, ou qualquer contato físico, e da forma diferente de trabalhar no comércio, com regras a serem cumpridas, segmentos que pararam totalmente devido à pandemia do novo coronavírus estão tendo que se reinventar e fazer adaptações para atender seus públicos com segurança. Algumas dessas mudanças, chegam a ser dantescas.

O segmento do entretenimento, que não poderá promover aglomerações tão cedo, teve que criar 'drive-in' de tudo. Até aí, não teríamos tanto o que estranhar. Os cinemas em 'drive-in' estiveram na moda durante a década de 70, e o retorno deles, pode ser até uma boa experiência. Para alguns, é até uma forma de matar a saudade. O que espanta são as novas regras. Além da exibição de filmes, já estão sendo promovidas apresentações de peças teatrais e shows de música, com uma série de regras a serem cumpridas. Listarei algumas, para demonstrar como as coisas estão diferentes: Todo mundo dentro do carro, e sem sair para praticamente nada. Para pedir uma bebida, é preciso enviar uma mensagem para um número de celular, que o ‘bar’ vai até você levando o produto (de preferência, pague via aplicativo do seu banco, para evitar tocar na máquina de cartão). Sabe aquele costume de muitas mulheres de irem juntas ao banheiro? Impossível no momento. Em alguns desses eventos, você precisa pedir permissão via whatsapp para ir ao banheiro. Entra na fila virtual, e quando sua vez chegar, você é avisado que naquele momento pode sair do carro para ir ao toalete fazer suas necessidades.

São regras que assustam, mas que são necessárias para o momento. Esse tipo de evento, só pode ser realizado respeitando todo um protocolo de segurança. Enquanto não tivermos a vacina contra o coronavírus, essa é a realidade. Insisto em resistir a chamar isso de 'novo normal' porque não quero que seja. Prefiro chamar de 'anormal necessário' para o momento. Se todo mundo aderir, voltaremos ao 'velho normal' mais rápido, ou no mínimo, protegeremos a nós mesmos e a outras pessoas de uma doença que tem tirado vidas.

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