Teremos educação para isso?

Foto: Divulgação

Em um momento em que se faz necessário aprender a conviver com o vírus (evitando a infecção por ele, claro), já temos a volta do funcionamento do comércio em Feira de Santana, com várias regras que devem ser respeitadas, como o distanciamento entre as pessoas, evitar filas e aglomerações, uso obrigatório de máscaras, álcool em gel para os clientes, entre outras.

Discute-se agora na cidade, assim como em outros municípios, a reabertura dos bares, restaurantes e academias, após um longo tempo fechados, devido à pandemia do novo coronavírus. Para isso, quando acontecer, os estabelecimentos também deverão ter que respeitar uma série de regras, que nesse caso, deverão ser bem mais rigorosas. Fala-se que bares e restaurantes terão que reduzir o número de mesas, para respeitar um distanciamento mínimo entre elas, além de limitar a quantidade de pessoas por grupo (ou por mesa) que entra no estabelecimento, como por exemplo, o limite máximo de 6 pessoas por grupo (como está acontecendo em países europeus, com a Inglaterra), entre outras medidas. Já nas academias, fala-se em afastamento entre os aparelhos, para que uma pessoa não faça seu exercício muito próxima a outras, higienização dos equipamentos logo após o uso de cada pessoa, e limite máximo de tempo de permanência, e de pessoas, ao mesmo tempo, em cada academia, além do uso obrigatório de máscaras.

Ainda não há data para a reabertura desses estabelecimentos, mas aparentemente, esse dia está se aproximando, pelo que estamos notando dos encontros e discussões entre as classes e o governo municipal. A volta ao funcionamento é uma questão de sobrevivência para essas empresas. Muitas, sequer vão ter forças para retomar suas atividades e já fecharam de forma definitiva. Já que a vacina para o novo coronavírus dificilmente ficará disponível à população ainda esse ano, o jeito vai ter que ser criar de vez esse 'novo normal' do cotidiano, senão, não ficará pedra sobre pedra.

O que fico me perguntando é se teremos educação e disciplina para isso. Cumprir todas as normas e recomendações será uma questão de responsabilidade e cuidado com nós mesmos, com nossas famílias e com as outras pessoas que nos cercam. A reabertura é necessária, mas é preciso ter uma população consciente para isso, e o que me preocupa é que algumas pessoas, ao que parece, não vão mesmo se conscientizar. É uma parcela pequena da população, mas que com sua irresponsabilidade, causa um estrago enorme. Caberá ao proprietário e funcionários de cada estabelecimento, o papel de fiscalizarem seus clientes e exigirem o cumprimento de todas as normas por eles, até para evitar uma nova onda de infecção, que consequentemente, acarretará em um novo fechamento dos estabelecimentos. O poder público também terá uma responsabilidade enorme nas mãos. Será preciso uma fiscalização intensa e rígida para garantir o respeito às regras a serem impostas. Sugiro encontrar uma forma de punição para quem não as cumprir. E falo, não só dos estabelecimentos, mas também dos clientes. Uma multa dura pode ser a ferramenta para isso. Tem gente que só cumpre regras pelo medo da punição que o não cumprimento delas pode lhe render. Precisamos nos proteger dessas pessoas em um momento como esse.

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