O Bispo Bruno Leonardo, líder da Igreja Batista Avivamento Mundial e fenômeno nas redes sociais, com mais de 50 milhões de seguidores (carinhosamente chamados de “ovelhas”), se pronunciou em um vídeo publicado no Instagram após ser mencionado em investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF). A investigação em questão, que faz parte da Operação Mafiusi, envolve movimentações financeiras suspeitas entre a igreja liderada por ele e uma empresa que estaria ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das facções criminosas mais conhecidas do Brasil.
De acordo com os documentos da operação, a investigação foca em Willian Barile Agati, apontado como um dos responsáveis pela logística e pela lavagem de dinheiro do PCC. Durante o vídeo, Bruno Leonardo rebateu as acusações e descreveu o que considera ser uma perseguição midiática.
O contato da jornalista e a investigação secreta
Em seu pronunciamento, o Bispo relatou que, no dia 10 de março, recebeu uma mensagem da jornalista Letícia Pili, do jornal Metrópoles, que o questionava sobre sua possível ligação com a Operação Mafiusi. A jornalista alegou que a investigação apontava para uma movimentação financeira irregular relacionada à sua igreja, e mencionou que não foram encontradas notas fiscais que justificassem as transações.
Com isso, Bruno e sua equipe buscaram informações diretamente com a Polícia Federal, uma vez que a investigação estava sob segredo de justiça. O advogado do Bispo foi até Curitiba, onde conversou com o delegado responsável pelo caso, o Dr. Eduardo Vessas, que confirmou que a igreja não estava sendo investigada. O Bispo enfatizou que, de acordo com o delegado, o que existia eram compras realizadas por diversas pessoas, incluindo a igreja, mas sem qualquer vínculo ilícito.
Reforçando a transparência das compras
Bruno Leonardo também destacou que a igreja adquiriu alguns automóveis em 2021 e que as movimentações financeiras que chamaram a atenção estavam relacionadas a compras feitas para ajudar vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo ele, a igreja gastou cerca de 2 milhões de reais em alimentos, que foram enviados para as pessoas afetadas pela tragédia. O líder religioso também destacou que as notas fiscais dessas compras estão disponíveis para comprovar a transparência das transações.
Acusações falsas e fake news
O Bispo não poupou críticas à cobertura jornalística que, segundo ele, estava tentando criar uma narrativa tendenciosa. Em seu vídeo, ele afirmou que a reportagem não estava considerando as provas apresentadas, como as notas fiscais, e que estava sendo manipulada para associar sua igreja a atividades criminosas, o que ele categoricamente negou. “Quem está dizendo que não existem notas é a reportagem, não a Polícia Federal”, afirmou Bruno.
Ele ainda ressaltou que, caso a distribuidora com a qual a igreja teve transações no passado se envolvesse em atividades ilícitas no futuro, isso não deveria implicar diretamente na igreja, já que a mesma apenas realizou compras legítimas de produtos.
Pedido de orações e apoio
Em tom de desabafo, Bruno Leonardo finalizou seu pronunciamento refletindo sobre as adversidades que tem enfrentado desde que seu ministério alcançou grande visibilidade nas redes sociais. “Você quer ganhar inimigos? Pregue a palavra de Deus”, afirmou ele, mencionando o aumento das perseguições e críticas que tem recebido desde que sua popularidade cresceu, principalmente nas plataformas digitais.
Por fim, ele pediu orações e apoio de seus seguidores, afirmando que continua firme em seu trabalho e missão de pregar a palavra de Deus, apesar das adversidades. “Eu peço as pessoas que acreditam em nosso trabalho, em nosso caráter, que orem por nós, que orem pela minha vida, pelo ministério. E seguimos pregando a palavra de Deus para todos que precisam”, concluiu o Bispo, desejando bênçãos para todos.
