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Aumento da demanda eleva o preço dos ovos durante a quaresma

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Nos últimos meses, o preço dos ovos e de outros alimentos essenciais têm registrado aumentos significativos no Brasil, impactando diretamente o bolso dos consumidores. Enquanto o debate sobre as causas dessa alta se intensifica, os pequenos agricultores e produtores rurais também sentem os efeitos desse movimento no mercado.

Para eles, o aumento dos preços está diretamente ligado ao custo de produção, que vem sofrendo forte pressão devido a fatores climáticos, alta nos insumos e desafios logísticos.

Um dos principais indicadores que refletem esse cenário é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial. Em março, o índice registrou alta de 0,64%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

O grupo de Alimentação e Bebidas teve a maior variação no período, com avanço de 1,09%, sendo responsável por um impacto significativo na inflação geral. Dentro desse grupo, a alimentação dentro de casa subiu de 0,63% em fevereiro para 1,25% em março, impulsionada pelo aumento de produtos como ovos de galinha (19,44%), tomate (12,57%), café moído (8,53%) e frutas (1,96%).

Um dos principais motivos apontados pelos pequenos produtores para a alta no preço dos ovos é a elevação no custo da ração das aves. O milho e o farelo de soja, ingredientes essenciais para a alimentação das galinhas poedeiras, tiveram aumento expressivo nos últimos meses, impulsionado tanto pela demanda internacional quanto por fatores climáticos adversos, como estiagens e calor extremo, que prejudicaram as safras.

“Os pequenos agricultores enfrentam grandes desafios na comercialização de seus produtos, pois muitos não conseguem negociar diretamente com supermercados e distribuidores de grande porte”, comentou Carlos Benjamin, especialista em Agronegócio.

Segundo Benjamim, isso significa que, embora o preço final para o consumidor esteja alto, nem sempre os pequenos produtores estão obtendo um aumento proporcional em seus ganhos.

Além dos ovos, outros alimentos básicos também registraram aumentos expressivos, como o café, o azeite e o cacau. Pequenos cafeicultores, por exemplo, apontam que a elevação no preço do café se deve tanto a uma menor produção devido a variações climáticas quanto ao crescimento da demanda externa.

No caso do azeite e do cacau, a situação climática mundial e os desafios na cadeia de abastecimento foram determinantes para a alta nos preços.

Segundo levantamento da Scanntech, o preço dos ovos subiu 23,3% em fevereiro nos supermercados e atacarejos regionais, enquanto o café registrou alta de 8,5% no mesmo período.

“Esses aumentos são reflexo de uma combinação de fatores, incluindo condições climáticas adversas que afetam a produção, elevação nos custos de insumos e variações na demanda, especialmente em períodos sazonais como a Quaresma”, completou o especialista.

Durante a Quaresma, muitas pessoas reduzem o consumo de carne vermelha, optando por alternativas como ovos e peixes. Essa mudança de hábito contribui para o aumento da demanda por ovos, pressionando ainda mais os preços.

Além disso, as condições climáticas desfavoráveis têm impactado negativamente a produção de café, resultando em menor oferta e, consequentemente, elevação dos preços. A alta demanda global e a desvalorização do real também são fatores que influenciam o aumento dos preços do café.

Mas, afinal, o que esperar dos próximos meses? Alguns especialistas indicam que os preços dos ovos podem começar a estabilizar após a Páscoa, quando a demanda tende a diminuir, e as temperaturas mais amenas podem favorecer a produção das aves.

No entanto, a queda no preço dependerá também da regularização do custo dos insumos agrícolas, algo que ainda é incerto devido à volatilidade do mercado global.
Os pequenos agricultores esperam que medidas possam ser adotadas para reduzir sua vulnerabilidade diante das oscilações do mercado, como incentivos para produção sustentável, linhas de crédito com condições mais acessíveis e maior apoio logístico para a comercialização direta.

Sem essas ações, eles continuam enfrentando desafios que tornam a produção cada vez mais cara e imprevisível, refletindo nos preços finais para o consumidor.
O cenário para os próximos meses ainda é incerto, mas uma coisa é clara: entender e apoiar os pequenos produtores é fundamental para buscar soluções que beneficiem tanto quem produz quanto quem consome.

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