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Acompanhe as últimas informações e a repercussão mundial da morte do Papa Francisco

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Um dia antes de sua morte, o Papa Francisco fez uma aparição neste domingo (20) no balcão central da Basílica Vaticana, durante a celebração oficial de Páscoa. O pontífice, que recentemente recebeu alta hospitalar após 37 dias internado, acenou ao público e desejou uma “feliz Páscoa” a todos os fiéis que acompanhavam a cerimônia.

Logo após, ele passou a palavra para Mons. Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, ler seu discurso.

No texto, Francisco denunciou “uma situação humanitária dramática e ignóbil” em Gaza e pediu um cessar-fogo. Também disse que “é preocupante o crescente clima de antissemitismo que está a se espalhar por todo o mundo”.

“Não é possível haver paz onde não há liberdade religiosa ou onde não há liberdade de pensamento nem de expressão, nem respeito pela opinião dos outros”, destacou o pontífice em sua bênção.

“Quanta violência vemos com frequência também nas famílias, dirigida contra as mulheres ou as crianças! Quanto desprezo se sente por vezes em relação aos mais fracos, marginalizados e migrantes!”.

O papa estava sofrendo de uma doença prolongada. Ele havia retornado ao Vaticano há menos de um mês, após uma hospitalização de cinco semanas por pneumonia dupla, com risco de morte. Foi a hospitalização mais longa de seus 12 anos de papado e a segunda mais longa da história papal recente.

O papa argentino, que tem doença pulmonar crônica e teve parte de um pulmão removido quando jovem, foi internado no Hospital Universitário Gemelli em 14 de fevereiro após uma crise de bronquite piorar.

Os médicos diagnosticaram inicialmente uma infecção complexa do trato respiratório, causada por bactérias, vírus e fungos, e, logo em seguida, pneumonia em ambos os pulmões. Os exames de sangue mostraram sinais de anemia, baixa contagem de plaquetas e início de insuficiência renal, todos os quais se resolveram após duas transfusões de sangue.

Os contratempos mais graves começaram em 28 de fevereiro, quando Francis teve uma crise aguda de tosse e inalou vômito, exigindo o uso de uma máscara de ventilação mecânica não invasiva para ajudá-lo a respirar. Ele sofreu mais duas crises respiratórias alguns dias depois, que exigiram que os médicos aspirassem manualmente quantidades “abundantes” de muco de seus pulmões, momento em que ele começou a dormir com a máscara de ventilação à noite para ajudar seus pulmões a eliminar o acúmulo de fluidos.

Após cinco semanas de tratamento hospitalar, ele recebeu alta do Hospital Gemelli em 23 de março.

Como um novo papa é escolhido?

Cardeais com menos de 80 anos, quando o papa morre ou renuncia, votam no que é conhecido como conclave papal. Para evitar influências externas, o conclave se fecha na Capela Sistina e delibera sobre potenciais sucessores.

Embora o número de eleitores papais seja normalmente limitado a 120, atualmente há 138 eleitores elegíveis. Seus membros votam por escrutínio secreto, um processo supervisionado por nove cardeais selecionados aleatoriamente. Tradicionalmente, é necessária uma maioria de dois terços para eleger o novo papa, e a votação continua até que esse limite seja atingido.

Após cada rodada, as cédulas são queimadas com produtos químicos, produzindo fumaça preta ou branca. A fumaça preta sinaliza que nenhuma decisão foi tomada, enquanto a fumaça branca significa que um novo papa foi eleito. Assim que um papa é escolhido, um cardeal de alto escalão anuncia seu nome na Basílica de São Pedro.

A última mensagem do papa, lida na homilia de Páscoa:

“Maria Madalena, ao ver que a pedra do sepulcro tinha sido removida, começou a correr para ir avisar Pedro e João. Também os dois discípulos, tendo recebido aquela surpreendente notícia, saíram e – diz o Evangelho – «corriam os dois juntos» (Jo 20, 4). Os protagonistas dos relatos pascais correm todos! E este “correr” exprime, por um lado, a preocupação de que tivessem levado o corpo do Senhor; mas, por outro lado, a corrida de Maria Madalena, de Pedro e de João fala do desejo, do impulso do coração, da atitude interior de quem se põe à procura de Jesus. Ele, com efeito, ressuscitou dos mortos e, portanto, já não se encontra no túmulo. É preciso procurá-lo noutro lugar.

Este é o anúncio da Páscoa: é preciso procurá-lo noutro lugar. Cristo ressuscitou, está vivo! Não ficou prisioneiro da morte, já não está envolvido pelo sudário e, por isso, não podemos encerrá-lo numa bonita história para contar, não podemos fazer dele um herói do passado ou pensar nele como uma estátua colocada na sala de um museu! Pelo contrário, temos de O procurar, e, por isso, não podemos ficar parados. Temos de nos pôr em movimento, sair para O procurar: procurá-lo na vida, procurá-lo no rosto dos irmãos, procurá-lo no dia a dia, procurá-lo em todo o lado, exceto naquele túmulo.

Procurá-lo sempre. Porque se Ele ressuscitou, então está presente em toda a parte, habita no meio de nós, esconde-se e revela-se ainda hoje nas irmãs e nos irmãos que encontramos pelo caminho, nas situações mais anónimas e imprevisíveis da nossa vida. Ele está vivo e permanece sempre conosco, chorando as lágrimas de quem sofre e multiplicando a beleza da vida nos pequenos gestos de amor de cada um de nós.

Por isso, a fé pascal, que nos abre ao encontro com o Senhor ressuscitado e nos dispõe a acolhê-lo na nossa vida, é tudo menos uma acomodação estática ou um pacífico conformar-se numa segurança religiosa qualquer. Pelo contrário, a Páscoa põe-nos em movimento, impele-nos a correr como Maria de Magdala e como os discípulos; convida-nos a ter olhos capazes de “ver mais além”, para vislumbrar Jesus, o Vivente, como o Deus que se revela e ainda hoje se torna presente, nos fala, nos precede, nos surpreende. Como Maria Madalena, podemos fazer todos os dias a experiência de perder o Senhor, mas todos os dias podemos correr para O reencontrar, sabendo com certeza que Ele se deixa encontrar e nos ilumina com a luz da sua ressurreição.

Irmãos e irmãs, aqui está a maior esperança da nossa vida: podemos viver esta existência pobre, frágil e ferida agarrados a Cristo, porque Ele venceu a morte, vence a nossa escuridão e vencerá as trevas do mundo, para nos fazer viver com Ele na alegria, para sempre. Em direção a esta meta, como diz o Apóstolo Paulo, também nós corremos, esquecendo o que fica para trás e vivendo orientados para o que está à nossa frente (cf. Fl 3, 12-14). Apressemo-nos então a ir ao encontro de Cristo, com o passo ligeiro de Maria Madalena, Pedro e João.

O Jubileu convida-nos a renovar em nós mesmos o dom desta esperança, a mergulhar nela os nossos sofrimentos e as nossas inquietações, a contagiar aqueles que encontramos no caminho, a confiar a esta esperança o futuro da nossa vida e o destino da humanidade. Por isso, não podemos estacionar o nosso coração nas ilusões deste mundo, nem fechá-lo na tristeza; temos de correr, cheios de alegria. Corramos ao encontro de Jesus, redescubramos a graça inestimável de ser seus amigos. Deixemos que a sua Palavra de vida e verdade ilumine o nosso caminho. Como dizia o grande teólogo Henri de Lubac, «bastar-nos-á compreender isto: o cristianismo é Cristo. Verdadeiramente, não há nada mais do que isso. Em Cristo temos tudo» (Les responsabilités doctrinales des catholiques dans le monde d’aujourd’hui, Paris 2010, 276).

E este “tudo”, que é Cristo ressuscitado, abre a nossa vida à esperança. Ele está vivo e ainda hoje quer renovar a nossa vida. A Ele, vencedor do pecado e da morte, queremos dizer:

«Senhor, nesta festa, pedimos-vos este dom: que também nós sejamos novos para viver esta perene novidade. Afastai de nós, ó Deus, a poeira triste da rotina, do cansaço e do desencanto; dai-nos a alegria de acordar, a cada manhã, com os olhos maravilhados, para ver as cores inéditas daquele amanhecer, único e diferente de todos os outros. […] Tudo é novo, Senhor, e nada repetido, nada envelhecido» (A. Zarri, Quasi una preghiera).

Irmãs, irmãos, na maravilha da fé pascal, trazendo no coração todas as expetativas de paz e libertação, podemos dizer: Convosco, Senhor, tudo é novo. Convosco, tudo recomeça.”

Por: ICL Notícias 

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