Os confrontos entre Israel e Irã continuam na madrugada de sábado (14) na região. As Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) informaram que interceptaram um “alvo aéreo suspeito”, após um alerta ativado perto da cidade de Eilat no extremo sul do país.
Por volta das 22h45 (horário de Brasília), as autoridades israelenses pediram que a população voltasse para abrigos e afirmaram que o Irã havia lançado mais um ataque. Mais cedo, o exército de Israel havia avisado que a população poderia sair dos bunkers, mas orientou que as pessoas se mantivessem perto de lugares seguros.
Já em Teerã, novas explosões foram ouvidas por volta das 21h40 e o Aeroporto de Mehrabad, na capital iraniana, foi atingido por dois projéteis, de acordo com a agência estatal iraniana Fars.
A sexta-feira foi marcada por ataques dos dois lados, com disparo de 100 mísseis pelo Irã na parte da tarde em retaliação aos bombardeios realizados pelo adversário. Israel disse que os ataques foram o início da “Operação Leão em Ascensão”. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acusou Israel de ter iniciado os ataques e de começar uma guerra.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que não era tarde demais para Teerã interromper a campanha de bombardeio e chegar a um acordo sobre seu programa nuclear.
Ao cair da noite desta sexta-feira, a mídia iraniana relatou explosões nos arredores norte e sul de Teerã e em Fordow, perto da cidade sagrada de Qom, uma segunda instalação nuclear que havia sido poupada na primeira onda de ataques.
As defesas aéreas foram ativadas em Teerã e explosões puderam ser ouvidas em Isfahan. O Exército de Israel disse que tem como alvo locais de lançamento de mísseis e drones iranianos e que haviam atingido outra instalação nuclear em Isfahan.
Mais cedo, a agência de notícias estatal do Irã, IRNA, disse que centenas de mísseis balísticos foram lançados em retaliação aos maiores ataques já realizados por Israel contra o Irã, explodindo a enorme instalação nuclear subterrânea iraniana em Natanz e eliminando seus principais comandantes militares.
Segundo o Exército israelense, na tarde de sexta-feira, pelo menos sete locais da maior cidade israelense foram atingidos pelo ataque com mísseis iranianos. O Exército também orientou a população a entrar nas áreas protegidas e permanecer lá até novo aviso. A maioria dos mísseis foi interceptada, mas alguns atingiram áreas urbanas.
De acordo com o New York Times, mais de 60 pessoas ficaram feridas, a maioria com pouca gravidade. Alguns casos foram mais graves, com diversos hospitalizados, e, segundo o jornal Times of Israel, uma mulher morreu.
“Um número limitado de prédios foi afetado, alguns deles como resultado de estilhaços das operações de interceptação”, disse o porta-voz militar israelense em árabe, Avichay Adraee, em um post no X.
Ameaça existencial
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que a campanha israelense tem como objetivo derrotar uma ameaça existencial do Irã, invocando o fracasso em deter o Holocausto na Segunda Guerra Mundial.
A operação de Israel “continuará por quantos dias forem necessários para eliminar essa ameaça”, disse ele em um discurso na TV.
“Daqui a algumas gerações, a história registrará que nossa geração manteve sua posição, agiu a tempo e garantiu nosso futuro comum.”
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