O médium e líder espírita Divaldo Franco morreu nesta terça-feira (13), aos 98 anos. A causa da morte ainda não informada, mas ele lutava contra um câncer na bexiga desde novembro do ano passado e, nesta noite, teve falência múltipla dos órgãos.
Reconhecido como um dos principais líderes religiosos do Brasil, ele começou a tratar o tumor assim que descoberto, ainda em fase inicial. Na ocasião, Divaldo havia sido internado para investigar desconfortos urinários. O tratamento foi feito com sessões de radioterapia associada a “pequenas doses” de quimioterapia.
Natural de Feira de Santana, Divaldo dedicou mais de 70 anos ao Espiritismo. Colheu os frutos de todo esse trabalho ao se consagrar como uma das vozes mais respeitadas na área. Sua trajetória começou a ganhar destaque em 1952, quando fundou a Mansão do Caminho, localizada no bairro de Pau da Lima, em Salvador. A entidade acolhe e educa milhares de crianças que antes viviam em condições de miséria extrema.
Depois, na década de 1960, iniciou a construção de escolas, oficinas profissionalizantes e atendimento médico, transformando a entidade em um grande complexo educacional. Até hoje, o espaço atende crianças, jovens e famílias inteiras de baixa renda, com atividades diversas, ensino fundamental e médio, cursos profissionalizantes e atendimento de saúde. Todo o trabalho é mantido com a venda dos livros mediúnicos e das gravações de palestras, seminários, entrevistas e mensagens do próprio Divaldo.
O médium também fez carreira como autor de mais de 250 livros, muitos deles psicografados a partir de histórias de diversos espíritos. Em 2015, ele ganhou uma biografia assinada pela jornalista Ana Landi.
Mediunidade descoberta na infância
O médium sempre fez questão de falar em quase todas as suas aparições e palestras pelo Brasil e mundo à fora que era feirense. E não por acaso, pela geração de filhos ilustres, destacados nas mais diversas áreas, assim como figuras marcantes, pelas suas ações beneméritas em favor da humanidade, és e foi um filho ilustre de Feira de Santana.
Desse modo, seria impossível deixar de falar de Divaldo Pereira Franco, líder da doutrina espírita no país, com mais de 200 obras psicografadas traduzidas em cerca de duas dezenas de idiomas e cujas vendas – que se aproximam de oito milhões de exemplares – servem de apoio financeiro para o trabalho social que realizou.
Nascido nesta cidade em 5 de maio de 1927, formou-se em professor primário em 1943 pela Escola Normal Rural de Feira de Santana – atual Instituto de Educação Gastão Guimarães (IEGG). Em 1945 transferiu-se para Salvador e aprovado em exame ingressou no Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (Iapseb), aposentando-se em 1980 após cumprir com muito zelo o seu trabalho. Feira conta com viaduto, ruas e outros espaços públicos que homenageiam Divaldo.
Para melhor identificá-lo como membro da comunidade feirense, vale lembrar seus pais, Francisco Pereira Franco e Ana Alves Franco. E a ainda a figura popular do seu irmão Osvaldo Franco (Ioiô Goleiro) que foi delegado da Polícia Civil e teve grande destaque no futebol como titular do Fluminense de Feira, no período pré-profissional.
Muito jovem, após a morte de dois irmãos, Divaldo Franco passou a sofrer distúrbios de origem não identificada pela medicina, mas começou a ter contato com pessoas que conheciam o espiritismo e que passaram a lhe oferecer apoio para a superação do trauma. Em 1947 decidiu não apenas participar, mas divulgar a doutrina de Allan Kardec, (pseudônimo do pedagogo francês Hipolyte Léon Denizard Rivail), passando a ser tratado como ‘o apóstolo do espiritismo’. Ainda em 1947, ao lado e Nilson de Sousa Pereira, instalou em Salvador, no dia 7 de setembro, o Centro Espírita Caminho da Redenção.
Em 15 de agosto de 1952 o líder espírita inaugurou na capital baiana a Mansão do Caminho, que tem desenvolvido um exemplar trabalho social nesse longo período de funcionamento, atendendo órfãos e abandonados. Sob a orientação espiritual de Joana de Angelis, Divaldo Franco lançou em 1964 “Messe de Amor”, primeiro livro psicografado e daí em diante foram muitos. Os livros vendidos, assim como as gravações de palestras por ele proferidas, têm os valores obtidos empregados na manutenção das obras sociais do líder espírita feirense.
Bom Dia Feira e Informações da Secretaria de Comunicação Social da Bahia