A edição deste ano da Micareta de Feira de Santana custará aos cofres públicos cerca de R$ 20 milhões. O dado chama atenção não apenas pelo valor elevado, mas sobretudo por um detalhe relevante: não há patrocínio de empresas privadas. Todo o investimento será custeado com recursos públicos, através da Prefeitura.
Ao longo dos anos, a Micareta — que já foi uma das maiores vitrines culturais do Brasil — perdeu parte de seu prestígio nacional. Grandes marcas, especialmente do ramo de bebidas, que antes investiam pesado na festa, hoje estão ausentes. Isso indica um declínio na capacidade de atração comercial do evento, o que contribui diretamente para o aumento da dependência do orçamento público.
A expectativa é que o prefeito José Ronaldo, ao perceber essa realidade, tome medidas para resgatar o apelo nacional da Micareta. Investir em divulgação e em uma estrutura que traga de volta o interesse de patrocinadores pode ser o caminho para reduzir, nos próximos anos, o custo da festa para o contribuinte.
A Micareta é um símbolo cultural importante, mas seu financiamento precisa ser equilibrado entre o público e o privado, garantindo sua continuidade sem sobrecarregar os cofres da cidade.
