Com a chegada da Semana Santa, os feirenses têm enfrentado um desafio que já se tornou comum nesta época do ano: o preço elevado dos pescados. A alta não é exclusividade da região — o aumento foi registrado em várias partes do Brasil —, mas impacta de forma significativa quem depende de uma renda mais modesta.
Feira de Santana, apesar de não ser uma cidade litorânea, está relativamente próxima da costa baiana. Ainda assim, os preços locais não refletem essa proximidade. O bacalhau, por exemplo, um dos itens mais procurados durante a Semana Santa, chega a custar entre R$ 100 e R$ 140 o quilo, dependendo da qualidade. Mesmo o produto de terceira categoria já ultrapassa os R$ 80.
O chamado “bacalhau burro”, de qualidade inferior, é vendido a valores que ultrapassam os R$ 120, o que torna o acesso ainda mais restrito à população de baixa renda. Uma tradição que antes fazia parte da mesa de muitas famílias hoje está fora do alcance de grande parte da população.
Apesar do cenário preocupante, há alternativas mais acessíveis, como a sardinha e outros peixes mais baratos, que podem substituir o bacalhau na ceia. Ainda assim, o sentimento geral entre os consumidores é de insatisfação com os preços, considerados abusivos por muitos.