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Verão e o risco de câncer de pele: mais de 200 mil casos são esperados até 2025

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O verão chega e as atividades ao ar livre como as idas às praias, visitas aos clubes e as trilhas se tornam cada vez mais comuns. Mesmo que haja pouca exposição ao sol, é preciso um lembrete para que os cuidados com a pele sejam redobrados. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve sofrer com mais de 220 mil novos casos de câncer de pele, a cada ano, entre 2023 e 2025. Na Bahia, a previsão é de 10.530 novos casos anualmente.

Salto em diagnósticos de jovens
Os registros de câncer entre pessoas mais jovens têm aumentado cada vez mais. Casos entre pessoas com menos de 50 anos aumentaram 79% nos últimos 30 anos, segundo uma pesquisa publicada na revista científica BMJ Oncology. Hábitos como os de bronzeamento estão diretamente ligados ao aumento da incidência de câncer de pele. A previsão é que, em 2040, seja o segundo tipo de câncer com mais casos em todo o mundo, conforme a Fundação Pele Saudável, da Academia Espanhola de Dermatologia e Venereologia (AEDV).

A dermatologista Fernanda Ventin explica que a doença é classificada em dois tipos: melanoma e não melanoma. O tipo não melanoma é o mais frequente. Já o melanoma, embora menos comum, apresenta um comportamento altamente agressivo se não for identificado e tratado precocemente. Entre 2019 e 2023, a incidência do melanoma aumentou em 40%, segundo a AEDV.

Sintomas e prevenção
Feridas que não cicatrizam, lesões que sangram, pintas que mudam de aspecto ou crescem rapidamente são alguns sinais que devem ser observados e avaliados por um dermatologista. Além disso, é preciso se atentar às queimaduras solares e se há histórico familiar de câncer de pele. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso no tratamento, especialmente do melanoma.

Para prevenir a doença, Ventin aponta que é fundamental adotar medidas de fotoproteção como o uso diário de protetor solar, evitar exposição ao sol entre 10h e 15h (horários de maior índice de radiação UV), usar roupas com proteção UV e realizar consultas frequentes com um dermatologista. A médica também lembra que um outro fator que é considerado de risco para o desenvolvimento do câncer de pele é o tabagismo. Abandonar o hábito pode ser uma mais uma medida essencial para a prevenção da doença.

Foto: Reprodução/Freepik
Andre Dasca
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