O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou uma lista de “novos esforços”, segundo comunicado divulgado neste domingo (17), para acelerar a ação global para conservar terras e águas da floresta Amazônica, proteger a biodiversidade e enfrentar a crise climática.
O comunicado foi divulgado no mesmo dia em que o presidente dos EUA deve chegar ao Brasil para os encontros do G20, que acontecem até terça-feira (19), no Rio de Janeiro. Antes de desembarcar na capital fluminense, o presidente deve fazer uma visita por Manaus (AM) — é o primeiro chefe de estado americano em exercício a conhecer a floresta Amazônica. É esperado que ele desembarque em Manaus ainda na manhã deste domingo (17).
Segundo comunicado oficial da Casa Branca, os mais de 11 bilhões de dólares serão divididos em diferentes frentes para combater o avanço das mudanças climáticas, especialmente em países vulneráveis.
De saída da Casa Branca após desistir de concorrer novamente contra o republicano Donald Trump, que venceu a candidata democrata e hoje vice-presidente, Kamala Harris, Biden já havia prometido investir na região da floresta Amazônica desde a campanha de 2020.
Naquele ano, antes de vencer Trump (que tentava a reeleição), Biden citou a Amazônia em um debate e fez promessas para a região. “Eu começaria imediatamente a organizar o hemisfério e o mundo para prover US$ 20 bilhões [R$ 116 bilhões] para a Amazônia, para o Brasil não queimar mais a Amazônia”, disse ele na época, segundo reportagem da BBC.
A gestão de Biden coincidiu, em parte, com a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), notório apoiador de Trump.
Pouco mais de quatro anos depois de ser eleito e, agora, de saída da Casa Branca, o tema voltou à agenda do americano. Agora, especificamente para a Amazônia, Biden prometeu:
investimento de 50 milhões de dólares para o Fundo Amazônia;
lançamento da Coalizão de Financiamento para Restauração e Bioeconomia do Brasil;
novo investimento nos maiores projetos de reflorestamento na Amazônia;
apoio ao Tropical Forest Forever Facility;
alavancar a demanda por créditos de carbono florestal de alta integridade;
novo acordo de cooperação entre DFC e BNDES;
lançamento de um laboratório de investimento em soluções baseadas na natureza;
lançando de alianças para a Amazônia;
fornecimento de US$ 2,6 milhões ao Rainforest Wealth Project pela USAID;
investimento de US$ 4 milhões para apoiar novos modelos de negócios que mantêm as florestas em pé enquanto beneficiam empresas e famílias locais;
investimento de US$ 1,4 milhões na Assobio (Associação dos Negócios de sócio-bioeconomia da Amazônia);
investimento de US$ 2,8 milhões na atividade de Agricultura Regenerativa para a Conservação da Amazônia (ARCA);
apoio do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para melhorar a eficiência dos fertilizantes;
doação de US$ 2,5 milhões para a Nature Conservancy (TNC), que está apoiando esforços para reduzir o desmatamento, por meio do Departamento de Estado;
parceria com o governo do Brasil para combater a extração ilegal de madeira e comércio associado;
apoio da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) nos esforços de mapeamento de áreas de queimadas em tempo quase real para o Laboratório de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal do Rio de Janeiro;
investimento da USAID de US$ 7,8 milhões em sua parceria de longa data com o Serviço Florestal dos EUA para fortalecer o gerenciamento de incêndios no Brasil;
investimento da USAID de US$ 1,9 milhão para lançar a Aliança dos Povos Indígenas para as Florestas da Amazônia Oriental;
expandir o suporte para programas existentes nos EUA, incluindo os povos indígenas;
investimento da USAID de US$ 4 milhões para lançar a atividade Tapajós pela Vida;
investimento da USAID de US$ 1,4 milhão para lançar o Projeto de Bem-Estar e Gestão Territorial nas Bacias dos Rios Negro e Xingu;
investimento da USAID de US$ 2,6 milhões para lançar a atividade de Gestão Territorial Indígena Integrada;
lançamento de sistemas avançados de energia carbono zero na Amazônia;
promover a cooperação em saúde única no Brasil e na Bacia Amazônica;
fornecimento de US$ 1,4 milhão para reduzir a atividade criminosa organizada relacionada à mineração ilegal e ao tráfico de mercúrio.
Biden anunciou também a assinatura de uma procuração dos EUA que torna o dia 17 de novembro o Dia Internacional da Conservação.
Segundo a Casa Branca, o documento reconhece que a conservação ambiental é essencial para proteger a subsistência das pessoas que dependem deles, para conservar os ecossistemas e vida selvagem, além de garantir que as terras e águas para as gerações futuras e ajudar a evitar os piores impactos das mudanças climáticas.
Informações G1