Policiais civis da Delegacia do Consumidor (Decon) realizam, neste domingo (20), a 2ª fase da “Operação Verum” contra suspeitos de envolvimento na emissão de laudos falsos do Laboratório PCS Saleme, que resultaram na contaminação por HIV de pacientes transplantados.
Segundo as investigações, houve uma falha operacional no controle de qualidade aplicado nos testes, com o objetivo de diminuir custos. A análise das amostras deixou de ser realizada diariamente e se tornou semanal.
A ação visa cumprir um mandado de prisão e oito de busca e apreensão. A ação conta com o apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).
Na primeira fase da operação, realizada na segunda (14), duas pessoas foram presas e outras duas se entregaram nos dias seguintes. Na sexta (18), a Justiça manteve a prisão temporária dos quatro funcionários do laboratório PCS Saleme. A polícia continua analisando os documentos e materiais apreendidos.
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, os investigados e o Laborório PCS Saleme já emitiram dezenas de resultados com falso positivo e falso negativo para HIV, inclusive em exames de crianças e estão respondendo a inúmeras ações indenizatórias por danos morais e materiais, de forma que a reiteração dessa conduta demonstra total indiferença com a vida de seus clientes e da população como um todo.
Com o avançar das investigações, a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) desmembrou o procedimento que apura os falsos laudos emitidos pelo Laboratório PCS Saleme e instaurou novo inquérito para investigar o processo de contratação da empresa.
Informações G1