Feira de Santana conta com 37 escolas municipais de tempo integral que atendem mais de 3 mil alunos do ensino fundamental, desde os anos iniciais (1º ao 5º ano) até os anos finais (6º ao 9º ano). Essas escolas, mantidas pela Prefeitura através da Secretaria Municipal de Educação (SEDUC), funcionam numa perspectiva de ampliação do tempo de permanência e de oportunidades de aprendizagem, com uma jornada ampliada, atendendo a duas frentes principais: social e educativa.
A educação integral vai além do conteúdo acadêmico, considerando o aluno em todos os aspectos: intelectual, social, físico, emocional e cultural. No aspecto social, essas escolas oferecem um ambiente seguro, com uma rotina organizada e maior tempo de permanência, ajudando a reduzir a exposição dos alunos a situações de vulnerabilidade – por isso, a maioria delas está localizada nesses bairros. O plano é expandir essa modalidade para mais bairros da cidade, com o objetivo de ampliar o acesso a essa proposta educativa.
As escolas de tempo integral oferecem três refeições balanceadas, planejadas por nutricionistas para atender às necessidades nutricionais específicas de cada faixa etária. Isso inclui, em geral, um lanche da manhã, um almoço e um lanche da tarde. As refeições são integradas ao processo educativo, incentivando hábitos alimentares saudáveis desde cedo, alinhados às diretrizes culturais e nutricionais.
O transporte escolar funciona da mesma maneira que para outras modalidades de ensino, garantindo que os estudantes possam se deslocar com segurança até as escolas, independentemente de onde residam, seja na sede ou nos distritos.
Iarla Santos, integrante da equipe de Educação em Tempo Integral da rede pública municipal, destaca a importância dessas escolas para o desenvolvimento dos alunos, além de oferecer um ambiente seguro para as famílias.
“Essas escolas têm uma abordagem diferente das práticas tradicionais. O objetivo é desenvolver os alunos, tanto no aprendizado quanto no lado social. Esse lado social é importante porque muitas famílias não têm com quem deixar as crianças, e as escolas oferecem um lugar seguro, permitindo que os pais trabalhem com tranquilidade”, destacou.
