Equipe multidisciplinar atua em conjunto para combater problemas relacionados ao sono

Foto: Bárbara Barreto / Bom Dia Feira

Na Semana do Sono, ação que acontece mundialmente e visa conscientizar a população sobre a importância da discussão e cuidado do indivíduo com esta área, iniciada nesta segunda-feira (15), profissionais das mais diversas especialidades vem relatando a necessidade do tratamento com uma equipe multidisciplinar. 

Carolina Almeida, médica especialista no assunto, explica que os problemas de sono são diversos, o paciente pode apresentar desde um ronco, até uma apneia do sono com a parada respiratória, problemas de insônia, síndrome de perna inquieta que, inclusive, é uma patologia bastante frequente, além do sonambulismo. “Existem distúrbios de sono também em crianças, onde elas podem apresentar ronco, então, estaremos tirando todas essas dúvidas do sono”, explica.

De acordo com a especialista, uma pessoa que dorme mal, com certeza ficará mais irritada, com falta de paciência para trabalhar, sempre agitada e ansiosa. “Uma pessoa que está sempre cansada, sempre disposta, sempre mal humorada, tem que procurar um médico especialista do sono, por que é a noite que nós produzimos diversos hormônios que são responsáveis por estarmos bem no dia seguinte”, ressalta.

A médica ainda salienta que uma pessoa que dorme mal, tem maiores chances de adquirir hipertensão, diabete, AVC, impotência sexual, disfunção erétil, assim como também está vulnerável à acidentes de carro por conta de “cochilos”.

“Há ocasiões em que o paciente terá que tratar o seu problema com cirurgia, outras serão tratadas apenas com terapias ou aparelhos associados. O distúrbio do sono tem tratamento, o paciente só precisa buscar ajuda”, completa.

Ao Bom Dia Feira, a dentista Dra. Eliane Martins ressaltou que a odontologia tem estudado lado a lado com a Medicina do Sono e evoluído bastante, possuindo até um aparelho intraoral de uso contínuo para tratamento dos pacientes que possuem problemas específicos de ronco ou apneia do sono. 

'Normalmente, o dentista não teria autonomia para fazer um diagnóstico, a indicação é ter uma avaliação do médico do sono e se for um otorrino, é um facilitador porque ele faz toda uma avaliação anatômica e quando vem as queixas, solicitamos uma polissonografia que é um exame onde o paciente dorme na clínica para ver a qualidade do sono, como ele se comporta à noite. Quando é diagnostico uma apneia que é a falta de passagem do ar que dificulta a oxigenação do e pode gerar outros problemas mais sérios como AVC, a odontologia tem um aparelho intraoral móvel que é adaptado aos dentes, ele não precisa de energia elétrica e é colocado somente para dormir, onde conseguimos gradativamente deslocar a mandíbula para frente, aumentando o espaço da via aérea, diminuindo o ronco e melhorando a apneia', afirma. 

O equipamento já vem apresentando resultados positivos, mas é preciso uma avaliação clínica pessoal para iniciar o uso.  

'Os que possuem ronco primário podem utilizar, apneias leves e moderados, em alguns casos de apneias mais severas, onde o paciente não se adaptou com uma alternativa', diz. 

De acordo com a profissional, os indivíduos precisam ficar atentos ao perigo de adquirir equipamentos que tratam o caso sem orientação médica. 

'Todos os aparelhos vendidos na internet para tratamento do ronco e apneia não possuem nenhuma comprovação científica e podem trazer problemas bucais locais. O aparelho precisa ser específico para cada pessoa, montado, ajustado, adaptado e acompanhado, tudo depende de estudo, o paciente não pode se automedicar, temos vários tipos de tratamento e o profissional que deve analisar o ideal', alerta.

SECOM - MAIS BAHIA 0424

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