TSE investiga campanha do PSL, mas nega busca e apreensão em empresas

Decisão foi tomada pelo ministro Jorge Mussi após campanha de Haddad dizer que empresas apoiadoras de Bolsonaro dispararam mensagens de WhatsApp contra o PT

Pedro Ladeira/Folhapress

O ministro Jorge Mussi, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, deu prosseguimento à ação apresentada pela campanha do candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad, contra o adversário Jair Bolsonaro (PSL), mas rejeitou todos os pedidos de investigação e quebra de sigilo feitos pelo PT.

Segundo Mussi, a concessão de liminares (decisões provisórias) antes de ouvir a outra parte deve ser feita com cautela, e o pedido do PT é baseado apenas em matérias jornalísticas que não permitem, neste momento, demonstrar a veracidade das suspeitas. Jorge Mussi destacou que a questão será analisada "em momento próprio", durante o curso da ação.

O ministro determinou que Bolsonaro responda aos questionamentos do PT no prazo previsto em lei, de cinco dias consecutivos.

Na ação que ingressou contra Bolsonaro, o PT acusa o rival de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Bolsonaro nega irregularidades. O partido pede que, se eleito, Bolsonaro seja cassado e que, em qualquer situação, fique inelegível por oito anos.

O pedido foi apresentado em razão de reportagem do jornal "Folha de S.Paulo". A reportagem relata casos de empresas apoiadoras de Bolsonaro que supostamente compraram pacotes de disparo de mensagens contra o PT por meio do aplicativo WhatsApp.

Após a resposta de Bolsonaro, o corregedor vai analisar a necessidade de novas provas, e a ação ainda terá que ser julgada pelo TSE, em data ainda não prevista.


Compartilhe

Deixe seu comentário