Quarteto dos sonhos do Bahia no ano passado não emplaca em 2018

Apenas Zé e Edigar têm status de titular, enquanto Régis e Allione brigam por vaga na equipe. Os quatro ainda não começaram uma partida jogando juntos

Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

O chute de Edigar Junio que encobriu o goleiro Magrão simbolizou a consagração do quarteto que encheu os olhos da torcida do Bahia no ano passado. A equipe se sagrava campeã da Copa do Nordeste, e o autor do gol ratificava a boa fase junto aos companheiros, mais especificamente os meias Régis, Allione e Zé Rafael. Um ano se passou e... Quanta diferença! Os quatro permanecem no Tricolor, porém nem de longe entregam o futebol que se espera e são parte da má fase que o clube atravessa.

Dos quatro, os únicos com status de titular atualmente são Zé Rafael, que participou de quase todos os jogos do Tricolor na temporada, e Edigar Junio, que tem atuado pelos lados do campo, função diferente da que o catapultou no ano passado, a de centroavante. Os outros dois alternam entre titularidade e banco de reservas. E os quatro ainda não tiveram a oportunidade de começar jogando juntos.

O mais perto disso foi quando Guto escalou três deles. Aconteceu contra Botafogo-PB (Régis, Zé Rafael e Edigar Junior) e Atlântico (Allione, Régis e Zé).

É bem verdade que o quarteto não emplacou logo de cara. O ápice se deu na reta final do primeiro semestre, com atuações de gala contra Vitória e Sport, na semifinal e final do Nordestão. Antes, a equipe apresentava problemas. Em oito de março, o técnico Guto Ferreira enfrentava um dos seus piores momentos à frente do Tricolor ao ser eliminado pelo Paraná, na Copa do Brasil, com derrota por 2 a 0. Somente Régis e Zé estiveram em campo.

Só que no ano passado, mesmo a essa altura, os atletas viviam melhor fase. Régis, por exemplo. Eleito craque da Copa do Nordeste, o meia tinha anotado cinco gols e dado uma assistência nos 13 primeiros jogos do Bahia na temporada. Allione, um gol e duas assistências. Em 2018, passados 13 jogos, Régis marcou um gol e deu duas assistências; Allione está zerado.

Em 2017, Edigar Junio se machucou na Flórida Cup e só retornou contra o Fortaleza, quando o Bahia fazia sua 15ª partida no ano.

Mais regular entre os quatro, Zé Rafael evoluiu em relação ao ano passado e já marcou quatro gols, dois deles de falta. O meia atuou em 12 das 13 partidas que o Tricolor disputou na atual temporada, sendo 11 como titular.

Há algumas particulares que podem ajudar a explicar o baixo rendimento dos homens de frente.

Régis – depois de uma pequena novela para retornar ao Bahia, Régis perdeu o início da pré-temporada. Pouco tempo depois, o jogador sofreu uma lesão no quadril e ficou cerca de duas semanas sem entrar em campo. Depois de um tempo na reserva, foi titular e atuou bem na goleada sobre o Jequié, mas novamente se machucou e ficou fora do jogo seguinte, a derrota para o Náutico.

Allione – dos quatro, foi o último a iniciar os treinos. O argentino foi apresentado no meio de janeiro, portanto perdeu parte da pré-temporada no Tricolor, já que treinou normalmente no começo do ano no Palmeiras. Ainda assim, ele já atuou mais vezes em 2018 do que em 2017 ( 8 x 4) – fazendo um recorte de 13 jogos.

Edigar Junio - Guto Ferreira chegou a dizer que o atacante tem atuado com uma limitação devido a uma lesão no ano passado. Em entrevista coletiva, o médico do Bahia, Luiz Sapacaia, afirmou que Edigar não sente dor, mas a sequência de partidas pode provocar uma sobrecarga.

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