A medida é uma consequência do período de seca que decorre por toda a Itália
Durante um período de seca prolongada em muitas partes de
Itália, o Vaticano começou a desligar, na segunda-feira, as mais de 100 fontes
existentes no Estado.
A iniciativa vai de acordo com os ensinamentos do Papa
Francisco sobre o ambiente, tema sobre o qual apresentou uma encíclica, em
2015, onde constam os seus maiores medos ecológicos, denunciando as práticas de
desperdício e sublinhando a importância da água potável.
Em declarações à agencia noticiosa Reuters, o porta-voz do
Vaticano, Greg Burke, afirmou ser a primeira vez que alguém poderá recordar um
acontecimento como este, sendo esta a forma de o Vaticano demonstrar a sua
solidariedade para com Roma perante o período de seca vivido.
"Esta decisão está em consonância com o pensamento do
Papa sobre ecologia: Não podemos desperdiçar e por vezes temos de estar
dispostos a fazer um sacrifício", acrescentou o porta-voz.
Esta primavera foi a terceira mais seca de Itália em 60
anos. Na cidade de Roma, que tem registado níveis de chuva mais baixos que a
média, a maioria das fontes e bebedouro tinham já sido desligados. As
autoridades estão ainda a ponderar racionar o consumo de água.
Nos próximos dias, todas as fontes do Vaticano serão
desligadas progressivamente.
Na Praça de São Pedro, o exemplo está dado: as duas fontes
do século XVII já não deitam água.
Deixe seu comentário