Ao aceitar visita de Joesley, presidente Temer deu motivo para crime ser praticado
Uma das poucas palavras de Michel Temer no seu
último discurso em que houve unanimidade de opiniões foi quando ele disse
que o empresário Joesley Batista praticou "um crime perfeito" ao
gravar o conteúdo de uma conversa que garantiu a homologação da
sua delação premiada e ganhar a liberdade sem cumprir um dia
sequer da pena de liberdade (cadeia) e de ficar livre até de usar tornozeleira
eletrônica.
Além do mais, sabendo que a declaração na
mídia causaria um "tsunami" financeira no país e que o
dólar subiria, ele (Joesley) comprou um bilhão de dólares e vendeu
ações da sua empresa antes da queda na bolsa. Com isso a multa de cerca de
duzentos milhões de reais que ele pagará, recuperou em dobro num único dia de
alta do dólar e baixa das ações da sua empresa na bolsa de valores.
Nesse ponto, Temer tem razão: foi o chamado
"crime perfeito". Mas, Temer deu motivo para que esse "crime
perfeito" fosse praticado. Se ele não tivesse recebido em seu palácio
um investigado na Lava Jato, "mais sujo do que pau de galinheiro", provavelmente
esse "crime perfeito" o Joesley não conseguiria praticá-lo.
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