Toxoplasmose: saiba os cuidados que devem ser tomados com o seu gato

Assunto foi tratado no quadro O Bicho Responde, desta quinta-feira (20)

O medo da toxoplasmose faz com que muitas pessoas, em especial as grávidas, abandonem seus gatos de estimação por medo de contaminação. O assunto foi abordado pelo veterinário Luciano Muritiba, nesta quinta-feira (20), em mais uma edição do quadro “O Bicho Responde”.

Inicialmente o veterinário explicou qual a forma de transmissão da doença por meio dos gatos e de outros animais.“O toxoplasmagone tem a característica de se desenvolver em sua fase assexuada, dentro do intestino do gato, então o hospedeiro definitivo é o gato, por isso se chamar doença do gato e por ser também outros felinos, capazes de transmitir a doença através das fezes, então você pode contraria uma toxoplasmose de uma carne de porco, carneiro, uma ave mal cozida. O gato pode contrair através do contato com as fezes do gato, e no caso dos outros animais apenas na ingestão da carne”, explicou.

Mesmo gatos bem cuidados e sem doenças podem ter o protozoário dentro do organismo. É importante saber ainda que há diferentes fases infectantes do protozoário: de 5 a 15 dias após o gato ter se infectado é que pode eliminar através das fezes. “Não sempre que ele pode transmitir a doença”, informou.

De acordo com Luciano Muritiba, o gato pode contrair o protozoário ao caçar outros animais, como pássaros e ratos, que tenham sido infectados. Para os gatos que são criados dentro de residências e apartamentos, há alguns cuidados que podem ser tomados para evitar que o mesmo contraia o protozoário.

“Não dê carne crua ao seu gato, se não for uma carne de procedência, evite dar caças ao gato, evite que ele saia para caçar ratos e aves porque ele pode se contaminar através desse rato e se tornar infectante para os seres humanos e outros animais. O certo é alimentar o animal apenas com ração ou alimentos de boa procedência, no caso da carne ferver antes, cozinhar, para oferecer ao seu animal”, disse.

A falta de informação a respeito da doença faz com que muitos animais sejam abandonados. “Não só os gatos, mas muitas pessoas que erroneamente acham que os cães transmitem toxoplasmose e acabam abandonando, doando ou colocando na rua por medo de contrair a toxoplasmose. Lembrar que o cachorro não transmite a toxoplasmose, exceto se você comer a carne dele, o que você não vai fazer”, esclareceu.

Boa parte da população já está imune à doença e não corre riscos de contrair a mesma. “Mais de 80% da população já tiveram contato com a toxoplasmose, já tiveram contato e criaram anticorpos e às vezes a pessoa não sabe, por isso os médicos recomendam o exame. Algumas pessoas que já tiveram contato, tem anticorpos então não tem problema, aquelas que não tem devem evitar contato com gatos já que não se sabe se ele está infectado ou não. No caso de quem cria gato não fazer assepsia, especialmente as caixas de areia onde o gato defeca, pedir a outra pessoa que faça a limpeza, porque é uma doença que pode trazer vários malefícios para o feto. No início da gestação pode causar aborto, e no final pode causar má formação e problemas oculares”, ressaltou.

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